O procurador-geral do Ministério Público Estadual, Eduardo D’Ávila, participou de reunião com os representantes de entidades de classe empresariais, atendendo a convite do presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, na tarde de segunda-feira, 18, por meio de videoconferência. A reunião contou com a participação de 21 entidades empresariais, que apresentaram seus anseios e discutiram os problemas que o setor empresarial enfrenta no momento.
Os empresários apresentaram os pleitos, acerca do planejamento da retomada das atividades econômicas em Sergipe, e pediram ajuda ao procurador-geral para poder ter o entendimento de como será feito. Eduardo D’Ávila disse que o diálogo com a classe empresarial é necessário, porque pessoas e empresas precisam sobreviver e a situação é preocupante, segundo ele. O procurador lamentou que a população não esteja ajudando no momento em que é recomendado o isolamento social.
“Não estamos tendo o isolamento como ele deveria ser, a população não está ajudando. E essa demora na retomada das atividades econômicas deixa nossa economia em estado de inanição, com reflexos econômicos sérios. O pequeno e médio empresário está sofrendo muito com os problemas de não ter seus negócios abertos, são muitas dificuldades e planejar como sair da crise é extremamente necessário. Não podemos polarizar essa questão como CPF versus CNPJ, pois nos CNPJs estão abrigados os CPFs dos colaboradores e isso não pode ser extinto. A Fecomércio e a classe empresarial têm que intensificar essas conversas com o governo para encontrar as soluções”, disse o procurador-geral do Ministério Público.
O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, agradeceu a gentileza do procurador-geral em ouvir o pleito dos empresários, lembrando que já foram feitas ações propositivas com o Governo do Estado, para discutir a abertura econômica de Sergipe, de modo gradual e com condições de biossegurança das pessoas.
“Nós não somos inimigos do governo, queremos ajudar. O setor empresarial está pronto para poder fazer a sua parte, com o objetivo de combater a pandemia. O setor produtivo pode ser uma agente mais participativo. E sem a circulação de receita no estado, as dificuldades para poder pagar os servidores serão maiores nos próximos meses. Queremos entender de que modo podemos contribuir, para não agir somente de modo intuitivo, mas em conjunto para que possamos evitar que aconteça aqui o que está acontecendo na Espanha, as ‘filas da fome’ de pessoas desempregadas. Nós temos um plano que contempla todas as disposições necessárias para abrir o comércio e preservar as vidas das pessoas”, disse Laércio Oliveira.
O empresário Marcos Andrade, presidente do Sindicato do Comércio de Tobias Barreto, explicou na reunião, que os percalços enfrentados pelos empresários na região centro-sul de Sergipe são grandes e as cidades dependem basicamente do comércio, o que tem levado a uma crise em nível elevado.
“Tá difícil sobreviver em Tobias Barreto e nas cidades vizinhas, pois dependemos exclusivamente do comércio. A realidade é dura e as empresas estão demitindo pessoas, o que ninguém quer que aconteça. Estamos sem recursos, sem receita e sem condições de manter as pessoas nos empregos. Ninguém gosta de demitir, é muito triste. Mas nesse momento é o que se pode fazer, pois muitos nem dinheiro para pagar a rescisão tem”, disse Andrade.
Eduardo D’Ávila destacou que irá discutir com os representantes do MPE que estão envolvidos no acompanhamento dessa crise desencadeada pelo coronavírus, para entender mais a realidade dos empresários. Segundo ele, isso traz reflexos econômicos muito sérios e é preocupante. Ele destacou que o Ministério Público Estadual está servindo/ de mediador com o Governo, buscando causar os menores efeitos possíveis”.
Fonte: Fecomércio/Sergipe
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