
Apesar das dificuldades enfrentadas, em um ano muito difícil no processo de negociação, a luta da classe trabalhadora construiu uma campanha salarial que trouxe avanços para diversos setores do comércio e serviços. A avaliação é do presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços do Estado de Sergipe (Fecomse), Ronildo Almeida, que aponta a participação coletiva e a atuação firme das entidades sindicais como fatores determinantes para alcançar as vitórias.
“A luta não é isolada, e exige muita responsabilidade de todos – trabalhadores e entidades que os representam. Sempre sentamos à mesa de negociações com respeito, é claro, mas em pé de igualdade com o setor patronal, pontuando todas as nossas reivindicações e com a clareza do papel fundamental dos trabalhadores na geração de riqueza e no desenvolvimento do Estado”, explica Ronildo Almeida.
“A negativa do patronato é uma constante, numa tentativa de diminuir e desmerecer a classe trabalhadora na geração de riqueza e renda. Mas é papel de todos nós, que representamos a categoria, repelir essa postura com veemência e mostrar a real importância da mão de obra para fazer girar a economia. O patrão tem o capital, mas nós somos donos da mão de obra, que é o que gera a riqueza para o bolso dele”, pontua o presidente da Fecomse.
Para o sindicalista, a classe trabalhadora não pode se sujeitar à miséria ou ao mínimo que é oferecido. “Merecemos respeito e uma vida digna, é o que temos que conquistar. Precisamos cada vez mais acreditar na nossa capacidade de luta, principalmente, nos momentos decisivos. Foi essa certeza que nos levou a obter ganhos financeiros e sociais nesta campanha salarial. A vitória é para quem tem coragem de lutar”, pontua Ronildo Almeida.
Ganhos financeiros – A maioria dos segmentos do comércio e serviços já está com as convenções coletivas de trabalho finalizadas. Em todas, houve reajuste e ganhos econômicos, com pisos salariais e índices variando por setor, sem abrir mão dos direitos e das conquistas da categoria.
Foram mantidos, por exemplo, o índice de produtividade – que o patronato tenta retirar há anos dos trabalhadores-; a quebra de caixa; o triênio; a hora extra e a gratificação para abertura em alguns feriados. Além disso, disso, houve a manutenção das cláusulas sociais, como a garantia de emprego na volta das férias ou em caso de doença no retorno previdenciário.
Fonte: Assessoria de comunicação