Financiamento imobiliário estimula crescimento da construção civil em Sergipe

Vista parcial de Aracaju
Dados do Dieese sobre o financiamento imobiliário em Sergipe, no período de junho de 2008 a maio de 2009, trazem uma boa notícia para o setor da construção civil: em meio à ameaça de crise, a indústria desse segmento apresentou crescimento. Isto porque, entre as estatísticas que apontam o montante de R$ 255,9 milhões financiados, 56,7%, ou R$ 145,1 milhões de reais, foram voltados a construção, material de construção, reforma ou ampliação.

A outra parte, R$ 110,8 milhões, foram para imóveis prontos. Nos últimos doze meses 3.338 unidades foram financiadas, sendo 1.335 para aquisição (40,02% do total), e 2.002 unidades para construção, reforma ou ampliação (59,98% do total).

Luiz Moura
“Em Aracaju há um crescimento visível dessa indústria não só em habitações, mas também em obras comerciais, que não entram nesses dados”, diz o economista do órgão, Luiz Moura. Ele acrescenta que é justamente a oferta de crédito que proporciona o desenvolvimento do setor. “No início do ano houve um corte no crédito, sem grande impacto para as empresas. Agora espera-se uma recuperação”, explana.

Ainda de acordo com o economista, dados anteriores não servem de comparação porque os números de imóveis financiados dependem não só da condição dos compradores, como de algum tipo de feirão. Até maio deste ano, 622 unidades residenciais foram financiadas. Em meses de feirão, como junho de 2008, o número chegou a 1.437.

Mercado aquecido não reduz preços

R$ 145,1 milhões de reais, foram voltados a construção  (Fotos:Arquivo Portal Infonet)
Não só programas de incentivo à habitação do Governo, como  o “Minha Casa Minha Vida”, são responsáveis pelos números expressivos. Luiz Moura acrescenta que a recuperação da renda dos  brasileiros e a poupança do sergipano, que gira em torno de R$ 2 bilhões, são responsáveis pelo cenário atual.

“O ruim desse aquecimento do mercado é que, mesmo vendendo mais, o preço dos imóveis não sofre redução. O material de construção teve o preço reduzido, mas o imóvel não, principalmente os que estão localizados na Zona de Expansão”, explica Luiz Moura.

A situação não é melhor, segundo o economista, por conta do medo da crise. “O comprador fica com medo de não honrar as prestações ao longo dos anos e perder o imóvel”, indica Moura.

O barateamendo dos aluguéis é apontado como um tipo de transação que sofre reflexo direto da maior oferta de imóveis e o estímulo à comercialização. “As pessoas estão deixando o aluguel e comprando o imóvel próprio. Há prédios, inclusive, em que o aluguel está mais barato do que a taxa de condomínio”, conta.

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