O governador Marcelo Déda (PT) comemorou na manhã desta quarta-feira, 27, o anúncio feito pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, da descoberta de petróleo semelhante ao das águas profundas da Bacia de Campos, no município de Barra dos Coqueiros, a 90 km de Piranema. Marcelo Déda, ao lado de Sérgio Gabrielli e Eugênio Dezen (Fotos: Portal Infonet)
A nova descoberta do primeiro poço em águas ultraprofundas da Bacia Sergipe/Alagoas foi anunciada ao governador durante a realização do Seminário Pré-Sal, no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS).
“Estou muito feliz pelo anúncio. É um fato de bastante relevância para o Estado de Sergipe. Primeiro foi a descoberta de Piranema, que produz um óleo de excelente qualidade e agora essa descoberta na Barra dos Coqueiros, uma
descoberta extremamente promissora, com geração de trabalho e royalties para o estado. Vejo que essa descoberta pode, pela alegria dos técnicos e felicidade dos que fazem a Petrobras Sergipe/Alagoas, consolidar uma nova era do petróleo em Sergipe”, destaca o governador Marcelo Déda durante coletiva de imprensa. Sérgio Gabrielli durante a coletiva: “Sergipe não tem Pré-Sal”
O presidente Sérgio Gabrielli ressaltou que não se trata de Pré-Sal. “Em Sergipe não tem Pré-Sal. Essa descoberta é no Pós-Sal. O poço está localizado há 58 km da Costa de Sergipe. É um campo bastante análogo e tem um tempo para a maturação, já que a média da descoberta e do primeiro óleo é de seis a sete anos. São 70 km² de área identificada com a presença de hidrocarbonetos”, diz.
Reitor Josué Modesto na abertura do seminário |
Ele lembrou, ainda, que não existe perspectiva nenhuma para a descoberta de Pré-Sal no Estado de Sergipe.
Queda
Na coletiva de imprensa, o presidente da Petrobras foi questionado quanto a uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estudos de Estatísticas e Estudos Sócio Econômicos (Dieese) em que é apontada uma queda de – 0,42% na produção total de petróleo.
A resposta foi dada pelo dirigente da Petrobras em Sergipe,
Eugênio Dezen. “A queda ocorreu em terra porque estamos readaptando o sistema. Em Piranema,
estamos tendo problemas de estabilidade e devemos dar uma parada de dez dias no próximo mês para no início do próximo ano estarmos interligando os poços”, afirma Dezen. Secretários de Estado participaram do seminário
Novos desafios
Na abertura do “Seminário Pré-Sal e o Futuro do Brasil”, o reitor da Universidade Federal de Sergipe, Josué Modesto dos Passos Subrinho, destacou a geração de novos desafios para as universidades brasileiras. “Partindo do conhecimento proporcionado pelas pesquisas, participamos de forma ativa no contexto do petróleo no país. Com os novos cursos e diretrizes diante das necessidades do mercado atual, extrairemos talentos e vocações de onde a sociedade jamais imaginaria existir”, enfatiza.
Perfurações
No evento, Sérgio Gabrielli afirmou que a descoberta de novos reservatórios é fundamental. “Envolve o estudo das sísmicas. É mais ou menos como uma ultrasom que a gente vê na gravidez para identificar a existência ou não do Pré-Sal e, como diz o pessoal da perfuração, o petróleo se acha na boca da broca, então tem que furar”, acredita, acrescentando que só em Tupy, em Santos, foram perfurados novos poços.
Ele disse ainda que a Petrobras produz dois milhões de barris de petróleo por ano. “Nosso objetivo é dobrar a produção em 10 anos. Com o Pré Sal, a produção será de 30 a 35 milhões de barris reservas”, afirma, lembrando que os recursos obtidos com a exploração do Pré-Sal serão destinados à estatal e ao Governo Federal para investimento em um fundo de participação social.
Por Aldaci de Souza
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