Governador não interfere em greve do Banese

Déda admite que interferência pode causar instabilidade no Banese (Foto: Arquivo Infonet)

O governador Marcelo Déda anunciou que não atenderá aos apelos do deputado estadual Zezinho Guimarães e, portanto, não exercerá qualquer interferência para negociar o fim da greve dos funcionários do Banco do Estado de Sergipe (Banese). “Negociação com sindicatos naquilo que diz respeito à pauta econômica é assunto que diz respeito à diretoria do banco”, comentou o governador.

Uma possível interferência poderia gerar instabilidade na instituição financeira, na ótica do governador. “Finanças, capacidade que o banco tem de honrar os compromissos e governança moderna de uma instituição financeira pública exige que fique a cargo da diretoria para que não haja qualquer espécie de interferência política que possa por em risco a estabilidade financeira do banco”, comentou Déda.

A orientação do Governo aos dirigentes do Banese, segundo Marcelo Déda, é que se mantenha o constante diálogo com o sindicato de classe. “Que se tenha uma relação de respeito, de diálogo, de busca de solução”, diz Marcelo Déda. “A orientação do Estado para a direção do banco é que os ganhos do banco devam buscar ser compartilhados com o conjunto dos banesianos”, salientou.

Marcelo Déda fez questão de ressaltar que o Banese é uma instituição financeira que segue regras específicas do sistema financeiro brasileiro. “O Banese não é um banco solto, não é um único banco”, diz. “O banco precisa analisar a sua competitividade com as demais agencias que concorrem com ele. Quando a diretoria toma decisões que implicam aumento de custos, tem que ver a sua possibilidade de atuar dentro do sistema financeiro com outros bancos também que têm situação idêntica e que são representados pela Febraban”, ressaltou.

Déda também fez questão de informar a sua incompetência técnica para intermediar entendimentos com os banesianos em greve. “O governador não pode interferir. Estamos discutindo o processo de democratização da gestão do banco, que vai avançar muito. Aí sim, como controlador, o Estado busca ser ouvido para sugerir nas grandes questões estruturantes da instituição”.

Por Cássia Santana

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