Governo reduz o percentual de mistura do álcool na gasolina

A partir de 1º de fevereiro, o percentual obrigatório de mistura do álcool na gasolina será de 20%. A medida tem validade por 90 dias, quando o valor retorna aos atuais 25%. A decisão foi tomada  por meio de uma portaria dos ministérios da Agricultura, de Minas e Energia, da Fazenda e do Desenvolvimento.

A medida ocorre depois da escalada do preço do etanol aos consumidores e de problemas de abastecimento em alguns estados. Apenas nos últimos cinco meses, o aumento do preço nas bombas foi de mais de 20%. Atualmente, de acordo com levantamento da ANP feito entre os dias 3 e 9 de janeiro, é vantajoso aos donos de carros flex abastecer com etanol em apenas seis estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná e Tocantins.

A queda do percentual obrigatório aumentará a oferta de álcool para automóveis em cerca de 300 milhões de litros durante os 90 dias em que a medida estará em vigor. A quantidade representa 7,5% do consumo dos carros flex, que é de aproximadamente 1,3 bilhão de litros mensais, de acordo com dados sobre produção e abastecimento na região Centro-Sul, elaborado pelo Ministério da Agricultura.

Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e representantes do setor sucroalcooleiro, o problema de oferta está ocorrendo por causa do excesso de chuvas nas regiões produtoras no período de colheita, no final do ano passado, que impediram que toda a safra de cana-de-açúcar fosse colhida. Um total de 60 milhões de toneladas do produto não foi cortado porque as máquinas tiveram vários dias a menos de trabalho.

As usinas de álcool dizem, no entanto, que em meados de março, um mês antes da época normal, iniciarão a colheita e moagem da nova safra de cana. Segundo elas, a quantidade colhida será suficiente para suprir tanto a necessidade de álcool anidro, adicionado à gasolina, quanto de álcool hidratado, o etanol que abastece os carros flex. Assim, os 90 dias, a partir de 1º de fevereiro, em que a medida de hoje será aplicada, darão uma folga para que se retome o equilíbrio entre a demanda e a oferta.

Fonte: Agência Brasil

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