Irmãos comandavam esquema para fraudar o fisco

Silvana Lisboa e Thaís Lemos: crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro (Foto: Portal Infonet)

Três irmãos empresários do município de Itabaiana vão responder por crime de sonegação fiscal. Há também indícios de existência de lavagem de dinheiro nas atividades comerciais daqueles irmãos, que têm forte atuação nos municípios de Itabaiana, Lagarto e Campo do Brito, com comercialização de mercadorias sem emissão de notas fiscais e de origem duvidosa. A equipe do Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) identificou uma série de depósitos clandestinos, destinados para o armazenamento de mercadorias, interligados por verdadeiros túneis no município de Itabaiana.

De acordo com a delegada Thaís Lemos, diretora do Deotap, foram localizados oito depósitos clandestinos espalhados nas ruas Antonio Dutra, Boanerges Pinheiro e Capitão Mendes, na cidade de Itabaiana. Sete destes depósitos estariam interligados. A equipe da Deotap e da Secretaria de Estado da Fazenda permanecem fazendo auditoria para identificar o quantitativo de mercadorias e as empresas dos irmãos passam por uma inspeção especial da Secretaria de Estado da Fazenda.

Na Deotap, tramita o inquérito policial por sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, tendo os três irmãos empresários [identificação não revelada] como alvo das investigações, segundo a delegada Thaís Lemos. Os irmãos, segundo a delegada e a superintendente da Secretaria de Estado da Fazenda, Silvana Lisboa, são responsáveis pela sonegação de impostos em montante avaliado em algo em torno de R$ 170 milhões, já inscritos na dívida ativa.

Operação deflagrada contra o crime de sonegação fiscal  (Foto: SSP)

Conforme informações da delegada, os irmãos constituíram empresas desde os anos 1990 e à medida que os débitos inerentes aos impostos cresciam, eles as repassavam para outras pessoas da família, e às vezes, conhecidos, que não possuem bens. Foram várias empresas abertas sucessivamente neste esquema, segundo a superintendente da Sefaz, ao longo dos anos.

Há suspeita que os irmãos também trabalhavam com produtos de cargas roubadas, mas são informações que ainda estão sendo investigadas pela polícia, segundo a delegada Thaís Lemos. Ninguém está preso. Os irmãos estão autorizados a dar continuidade à atividade comercial, mediante pagamento dos impostos.

Por Cássia Santana

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