Live abordará o Afro Empreendedorismo feminino nesta quinta, 25

A live será inteiramente protagonizada pelas mulheres que fazem parte do Projeto Rede Solidária de Mulheres (Foto: Projeto Rede Solidária de Mulheres)

Com reflexões sobre a mulher negra no mercado de trabalho, o Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, que é realizado pela Associação de Catadoras de Mangaba de Indiaroba (Ascamai), em parceria com a Petrobras e com o apoio da Universidade Federal de Sergipe (UFS), a live “Emprego, Renda e Afro Empreendedorismo Feminino” acontece nesta terça-feira, dia 25 de julho, às 16h, na página do projeto no Instagram (@redesolidariademulheres).

A live será inteiramente protagonizada pelas mulheres que fazem parte do Projeto Rede Solidária de Mulheres, desde a sua mediação que será realizada pela catadora de mangaba, Tainara Vidal (Ribuleirinha – Estância), até a participação das convidadas: Geisy Lima (Carmópolis), Ana Regina (Divina Pastora) e Josilene Tavares, do povoado Alagamar (Alagamar – Pirambu). A proposta é compartilhar experiências enquanto mulheres negras que empreendem em Sergipe e provocar reflexões sobre os espaços conquistados e os que ainda necessitam de organização e de luta para serem concretizados.

Para Geisy Lima, jovem empreendedora de 23 anos, moradora da cidade Carmópolis, a live vai servir para apresentar os desafios enfrentados pelas mulheres negras e que são invisibilizados na sociedade.

“Sinto que a live é um meio de comunicação importante, ainda mais com esse tema, para compreender como nós, mulheres negras, ainda temos pouca participação no mercado de trabalho formal e como enfrentamos muitos desafios e preconceitos. Essa live é uma oportunidade de falar sobre igualdade tanto na oportunidade quanto na representatividade de ser uma mulher negra. E eu gostaria muito que nossa luta fosse outra, que pudéssemos ser vistas pelo que somos e não pela cor da nossa pele”, declarou Geisy Lima.

A geração de renda e o fortalecimento das mulheres são objetivos do Projeto Rede Solidária de Mulheres de Sergipe, contribuindo com a valorização, a organização e a autonomia financeira de muitas chefes de famílias em diferentes segmentos como o artesanato, a renda, a produção de alimentos e o extrativismo.

“Eu vejo que os negros sofrem no mercado de trabalho e eu vejo isso enquanto mulher quilombola. Grande parte da minha renda vem do meu artesanato, feito pelas minhas mãos, mas nós artesãs não temos o reconhecimento merecido, nem aqui no nosso estado pelo poder público, nem na sociedade. Eu acredito que o Brasil um dia vai ser de igualdade e que meus filhos não vão passar pelas lutas que eu passo para poder sobreviver”, afirmou Josilene Tavares, artesã da palha do Ouricuri do povoado Alagamar, em Pirambu.

A live acontece no dia 25/07, dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, às 16h, no Instagram @redesolidariademulheres.

Fonte: Projeto Rede Solidária de Mulheres

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