Lojistas da Beira-Mar aprovam permanência do Pré-Caju

Acese ouviu dos lojistas e empresários da região e adjacências (Foto: Ascom Acese)

Uma pesquisa realizada pela Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (ACESE) sobre o Pré-Caju apontou que 54,1% dos lojistas e empresários da região e adjacências aprovam a permanência do Pré-caju onde se encontra atualmente, na Avenida Beira Mar. Entre os entrevistados, 42,9% entendem que o evento deveria mudar o local de sua apresentação em virtude de dos transtornos e resultados negativos. Orla da Atalaia foi apontada como a melhor opção, para os que apoiariam a mudança de local, por ser um “espaço aberto e mais amplo”, segundo os entrevistados.

Durante a aplicação dos questionários, os empresários opinaram também sobre formas de como minimizar os transtornos e os impactos causados à economia e a mobilidade urbana, entre as sugestões estão: Evitar o fechamento antecipado das ruas; Evitar o fechamento definitivo de algumas ruas; Evitar o fechamento antecipado de alguns estabelecimentos; Realizar a mudança do horário do evento (começar mais tarde); Acabar com a decretação do ponto facultativo durante o evento; Diminuição de 01 (um) dia do evento; Utilizar mais o turno da noite para a montagem e desmontagem das estruturas; Melhorias na organização do trânsito e transportes públicos.

A pesquisa é resultado de uma solicitação do Ministério Público de Sergipe. Após a solicitação, a ACESE firmou parceria com a W1emcampo para a realização de uma pesquisa junto aos associados da ACESE, comerciantes do entorno da citada festa, bem como com os responsáveis de Bares e Restaurantes, Hotéis e Shoppings, capaz de obter informações sobre as opiniões dos empresários estabelecidos nessa área, sobre o impacto que o Pré-Caju provoca no comércio local e na economia, de forma a subsidiar a resposta da ACESE junto ao Ministério Público de Sergipe.

A pesquisa que ocorreu no período de 01 a 20 de abril analisou 268 entrevistas entre micro, pequenas e grandes empresas, dos diversos segmentos.  13 de Julho, Luzia, Coroa do Meio, Grageru, Jardins e Ponto Novo, foram os bairros visitados onde os empresários retrataram opiniões. Os dados apontam que 39,6% dos estabelecimentos avaliados se queixam de transtornos causados pelo evento quer seja de forma direta (22,8%) ou indireta (13,8%) mesmo sendo visto como boa oportunidade de negócios (33,2%) ou de lazer (30,2%). Os transtornos mais evidentes são aos estabelecimentos do segmento de comércio varejista.

Na avaliação dos pontos negativos e positivos, as opiniões dos empresários entram em conflito. O que para alguns é apontado como negativo, para outros é percebido de forma positiva.  De forma negativa, ficou demonstrado que os maiores transtornos causados aos estabelecimentos seriam: Diminuição nas vendas (resultados negativos); Transtornos causados no trânsito e na mobilidade urbana; Fechamento de forma antecipada de ruas e estabelecimentos; Período por demais prolongado; Aumento da violência urbana. De acordo com a pesquisa, os mais prejudicados são os estabelecimentos do bairro Coroa do Meio, com ênfase ao Shopping Riomar, que encerra suas atividades ao público em horário antecipado.

De forma positiva foram apontados: O aumento do número de turistas na cidade; Geração de emprego e renda principalmente na atividade informal (comércio ambulante); Maior fluxo de pessoas (clientes potenciais); Aumento no volume das prestações de serviços; Maior taxa de ocupação nos hotéis; Melhor volume de vendas de determinados produtos. Segundo dados, os mais beneficiados, além dos integrantes da economia informal, são os estabelecimentos dos segmentos de comércio e de serviços. Em sua maioria empresas de pequeno e médio porte.

Propostas e Sugestões

Durante a Reunião Almoço promovida pela ACESE nesta sexta-feira (24), os dados da pesquisa foram apresentados aos membros da Associação, Polícia Militar, SMTT, representantes dos shoppings da capital e entidades de classe.

Para o presidente da Associação de Lojistas do shopping Riomar, Sergio Tavares, o prejuízo é grande na época da festa, o estabelecimento é obrigado a fechar as portas ás 17h por causa da mudança no transito e do congestionamento na região. “Sugerimos uma mudança no roteiro do evento, que não precise fechar a ponte do Riomar. Seria algo que não mudaria o local e minimizaria os prejuízos para os comerciantes da região”, disse Tavares.

A empresária e conselheira da ACESE, Hortencia Machado, avaliou o encontro como valioso e também sugeriu mudanças. Viabilidade, mobilidade urbana, acessibilidade e segurança foram temas debatidos e considerados relevantes em um evento como o Pré-caju.  Atentos aos apelos o superintendente da SMTT, Nelson Felipe, o comandante da Polícia Militar, Capitão Melo e o presidente da Associação de Blocos e Trios, Lourival Oliveira, se puseram à disposição para juntos, tentarem amenizar os transtornos causados. Uma segunda reunião foi agendada para o início de junho onde todas as sugestões serão avaliadas.

Com os resultados da pesquisa, que possui uma margem de erros de 5%, a ACESE avalia que o Pré-caju é sem dúvida, um evento que causa uma série de transtornos a uma parte significativa dos estabelecimentos empresarias avaliados. Porém, não é visto como negativo ou prejudicial às atividades empresariais, já que muitas empresas se beneficiam da festa de forma direta como oportunidade de negócios ou indireta como uma opção de lazer.

Segundo o presidente da ACESE, Alexandre Porto, a festa deve se adequar ao local, o que de acordo com ele, ocorre de forma contrária. “A ACESE sugere algumas mudanças. O resultado da pesquisa serviu pra trazer melhorias para o evento. Entre as nossas propostas estão à redução da quantidade de dias da festa, reduzir um dia já ameniza o prejuízo e os contratempos na área, o ponto facultativo é algo que também não apoiamos e o fechamento das ruas com manilhas. Estas são algumas propostas que devemos estudar para que o Pré-caju aconteça com menos transtornos para todos.”, concluiu Porto.

Com informações da Acese

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