Mangabeiras trabalham na construção coletiva

Mangabeiras participam ativamente das atividades

As Catadoras de Mangaba participaram de uma ação coletiva com foco na economia solidária e modos de produção sustentáveis. A reunião aconteceu no povoado Pontal, município de Indiaroba, litoral sul do estado de Sergipe. Foram desenvolvidas várias atividades educacionais, culturais e comunicacionais.

A ação coletiva realizada pelo Projeto Catadoras de Mangaba Gerando Renda e Tecendo Vida em Sergipe, realizado através da Associação das Catadoras de Mangaba e Indiaroba (Ascamai), sob patrocínio do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, em parceria com a Universidade Federal de Sergipe e apoio do Movimento das Catadoras de Mangaba (MCM), teve como objetivo articular ações junto à comunidade e debater temas relevantes para sua auto-organização, como a importância de modos de produção, custos, mercados para os produtos dos frutos da restinga, entre outros.

As atividades aconteceram em vários espaços: Unidade Produtiva, Associação de Moradores, Escola Municipal Anízio Torres e até mesmo na pracinha de Pontal. Através da metodologia da educação popular foram discutidos com a comunidade, temas como a criação da Reserva Extrativista (Resex) na região, uma das principais bandeiras de luta do MCM, a importância da preservação das espécies do ecossistema manguezal, fonte de sobrevivência das Extrativistas; modos de coletas da mangaba, locais e tempo destinado a essa prática extrativista, sendo estimulado o manejo sustentável.

Com o intuito de contribuir para o aumento da geração de renda destas mulheres, também foi realizado um levantamento do preço e dos custos para elaboração de produtos beneficiados a partir da mangaba, além de um mapeamento sobre preços e modos de venda da fruta.

Para a coordenadora do projeto, Mirsa Leite, as Catadoras de Indiaroba estão empolgadas com os resultados nas Unidades Produtivas, “Consideramos que é chegada a hora de iniciarmos um diálogo sobre o comércio justo, dentro dos princípios da economia solidária, para que elas se sintam motivadas a desenvolverem o trabalho de forma coletiva, respeitando as diversidades e valorizando as habilidades presentes em cada uma, seja no preparo das delícias da restinga ou capacidade de apontar um ponto de venda importante. O próximo passo é trabalharmos com grupos por comunidades, discutindo desde a compra até os custos e mercados para as Catadoras", conclui. Atualmente, as comunidades dispõem de seis Unidades Produtivas já implantadas, das sete propostas pelo projeto, ressalta Mirsa.

O documentário "Mulheres Mangabeiras" reuniu a comunidade à noite, que assistiu suas histórias e discutiu temas contidos no filme. Além disso, teatro de fantoches na escola municipal, envolvendo as crianças, e atividades com o teatro do oprimido na praça, estimularam o coletivo a discutir e construir soluções para os problemas na comunidade.
“Essa ação divulga nosso trabalho. A comunidade sabe que existe o trabalho das Catadoras, mas, não havia visto uma ação feita pelas próprias Catadoras. Esta ação ajuda o pessoal a conhecer o trabalho que existe. Assim, elas podem ver os nossos ganhos e as nossas dificuldades” destaca a presidente da Ascamai, Alícia Moraes.

Foto e fonte: Assessoria ONG

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