O Ministério Público Estadual (MPE) deu um prazo de 48 horas para que a Associação dos Supermercados de Sergipe (ASES) informe se há possiblidade de desabastecimento de alguns produtos da cesta básica nos supermercados atacadistas e varejistas de Sergipe.
A preocupação do MPE é que faltem alimentos como arroz, feijão, leite, óleo e carne na mesa dos sergipanos, já que nacionalmente já está havendo alta nos preços e notícias sobre o desabastecimento de alguns produtos, a exemplo do arroz.
“Foi dado um prazo de 48 horas para que a ASES nos informe se há um eventual desabastecimento desses produtos para que possamos adotar medidas pertinentes, se necessário. Nossa preocupação é que falte o produto na mesa do consumidor”, explica Euza Missano, promotora de justiça.
Durante a reunião online entre o MPE, ASES e Procons Estadual e Procon Aracaju que aconteceu no final da manhã desta terça-feira, 15, os representantes dos supermercados foram questionados sobre a possibilidade de desabastecimento e a necessidade de limitar a quantidade de produtos por consumidor. O consultor da ASES, Manoel Costa, explicou que é preciso conversar com os distribuidores para saber a situação real do Estado.
“Essa informações nós temos que buscar, vamos entrar em contato com os distribuidores para que eles informem a situação do estoque desses produtos. Há uma preocupação com o desabastecimento, mas precisamos dessa informação. Estamos preocupados em desabastecer e com a alta de preços”, adianta.
Em alguns estados os supermercados estão limitando a quantidade de produtos por pessoas. O presidente da ASES, José Anderson, disse que a população não precisa ficar assustada e correr para estocar produto em casa. “ Isso sim gera o desabastecimento. Limitar é uma maneira de manter os supermercados abastecidos e não inflacionar os preços. A população não deve estocar produto em casa para não faltar”, orienta.
Representantes do Procon Estadual e de Aracaju informaram que estão fazendo fiscalização nos estabelecimentos, especialmente nos locais que estão sendo denunciados, mas lembrou que o órgão não pode tabelar preço de produto. “Nossa papel é fiscalizar e trazer uma resposta para o consumidor”, enfatiza Tereza Raquel Martins, diretora do Procon Estadual.
O coordenador do Procon de Aracaju, Igor Lopez , lembrou que há uma diferença entre preço alto e preço abusivo. “Os produtos estão com preços altos, mas o preço só é abusivo quando há uma infração na legislação, então para dizermos que o valor é abusivo precisamos pegar toda a documentação e entender a precificação para saber como se formou o preço”, esclarece.
Os Procons em parceria com Ministério Público continuarão fiscalizando e multando os estabelecimentos que usarem de má fé para se favorecer na venda desses produtos.
Por Karla Pinheiro
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