Mulheres estão mais presentes no ramo da inovação tecnológica

Pesquisadores falam da presença da mulher nas empresas
As mulheres estão mais presentes no ramo da inovação tecnológica no Brasil. Uma pesquisa realizada por professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revela também  que, embora seja perceptível esse aumento da participação feminina em incubadoras de empresas,  elas ainda se consideram vítimas de machismo.

“Esse crescimento reflete um fenômeno nacional que é o aumento da escolaridade das mulheres. Com isso, elas estão ocupando mais cargos de poder”, revela o professor Gonçalo Guimarães, um dos envolvidos na pesquisa.  O professor conta que a maioria das mulheres pesquisadas tinha pós-graduação.

O estudo concluiu também que cerca de 50% das mulheres que trabalham em incubadoras dizem que recebem menos que os homens. Apesar disso, a pesquisa aponta que 30% se consideram as provedoras da casa. “É interessante perceber que as mulheres que mantém as casas não são divorciadas, como se percebia anteriormente. Elas são casadas e têm filhos”, acrescenta Gonçalo. 70% das mulheres que participaram da pesquisa recebem entre R$ 1.500 e R$ 3.000.

Os resultados desse estudo foram apresentados ao público no XVIII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, que acontece em Aracaju até sexta-feira, 26, no Centro de Convenções. No evento, foi montada uma plenária sobre o tema com o título “Gênero e economia: o empreendedorismo de batom”. Compuseram a mesa de debate Gina Paladino, Franciele Garcia, Gonçalo Guimarães além do professor da Universidade de Newcastle (Inglaterra) Henry Etzkowitz.

Preconceito

 
Gonçalo Guimarães, um dos responsáveis pela pesquisa
As mulheres indicaram também que ainda são alvo de preconceito nas empresas em que trabalham. 45% delas dizem que ou já sofreram ou presenciaram atos de preconceito.  A maioria das mulheres pesquisadas diz que foi vítima de preconceito mais por conta da idade do que pelo gênero.

“A maiorias dessas mulheres são diretoras de empresas  e estão numa faixa etária de 25 a 35 anos. São muito jovens”, explica o professor Gonçalo. O estudo apontou que boa parte do preconceito se dá também pelo fato da “incompatibilidade” que o senso tradicional atribui entre a dedicação da mulher aos filhos e ao emprego.

A pesquisa foi realizada entre julho e agosto de 2008 por dois professores da UFRJ e dois estagiários da mesma instituição, com apoio da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).  As conclusões foram tiradas com base nas respostas de questionários aplicados a 100 funcionárias de todas as incubadoras de empresas do Brasil.

Por Zeca Oliveira e Carla Sousa

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