Pais buscam materiais escolares mais baratos em Aracaju

Lista de materiais escolares abrangem livros e objetos de uso pessoal do aluno (Fotos: Portal Infonet)

A maratona dos pais de alunos e comerciantes que atuam em lojas de materiais escolares já começou. Para garantir a compra de itens de boa qualidade e a preços reduzidos, consumidores realizam pesquisas de preços e recorrem até aos estabelecimentos que dispõem de livros usados.

A arquiteta Roberta Leandra Cardoso iniciou as compras de livros didáticos a paradidáticos e sente no bolso o volume da despesa que ainda não foi finalizada. “Já foram gastos R$ 660 na compra de dez livros. Só os didáticos foram adquiridos a quase R$ 120. Para a inserção do meu filho no 1º ano do ensino fundamental de uma escola particular, ainda tenho que custear materiais individuais, como papel crepom e de ofício, para uso em atividades pedagógicas, além de fardamentos e materiais para lembrancinhas que serão distribuídas em datas comemorativas”, declarou a mãe de Micael José, 6 anos.

Roberta Leandra já gastou R$ 660 na compra de livros didáticos e paradidáticos

Roberta ainda ressalta uma das dificuldades mais comuns, encontradas no processo de compra de livros. “Além de serem inúmeros e caros, em sua maioria, os livros didáticos destinados a crianças com faixa etária equivalente a do meu filho, dificilmente, podem ser comprados em feiras de livros ou sebos, uma vez que tais materiais já são vendidos com escritas de outros usuários”, acrescenta a arquiteta.

O gerente de uma loja de materiais escolares Renivaldo dos Santos Góis, declara que, no geral, as vendas foram iniciadas em dezembro de 2013 e pretendem ser intensificadas até o período de início das aulas. “Já contabilizamos o acréscimo de cerca de 60% do volume das vendas, comparado aos demais períodos do ano. Esse percentual tende a ser elevado para 75% até o final das vendas. Compras de até mil reais são realizadas por pais de alunos matriculados na 4ª série, em cujas situações são permitas aos próprios estudantes escolher os itens do seu agrado”, explicou o gerente.

Economia

Livros são comercializados a baixo custo numa banca localizada no Centro de Aracaju

Na banca de livros e revistas administrada por Antônio Vieira, no Terminal Rodoviário Luiz Garcia, Centro de Aracaju, os livros didáticos e paradidáticos são vendidos com até 40% de desconto. As publicações de Direito Previdenciário e do Consumidor, por exemplo, chegam a custar R$ 20, enquanto que em outras localidades são vendidas a cerca de R$70 ou R$ 80.

“Os livros usados são bastante procurados e estão disponíveis para estudo de várias disciplinas, entre elas, Física e Geografia. O comércio é iniciado às 6h e só termina às 20h, em todos os dias da semana, exceto domingos e feriados, quando fechamos ao meio dia”, informou o proprietário da banca.

Uma feira de livros localizada na Rua Permínio de Souza, 382, no bairro Cirurgia, tem atraído inúmeros compradores. “Livros utilizados do maternal até o 5º ano são vendidos a R$ 25. Os aplicados no 6º até o 9º ano são vendidos por até R$ 50. Já os do ensino médio são adquiridos por R$ 40 ou até R$ 100”, declarou a gerente da feira, que funciona de segunda à sexta, das 8h às 20h e aos sábados, das 8h às 17h.    

Itens proibidos

Antônio Vieira é o proprietário da banca de livros instalada da Rodoviária Luiz Garcia

Já é lei a proibição de solicitação de itens, como papel ofício em grandes quantidades, papel higiênico, álcool, flanela e outros produtos de limpeza e escritório, como parte da lista de materiais escolares. A lei aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado (12.886/13) impede que esses itens, considerados de uso coletivo, sejam cobrados dos pais.

Caso constem do contrato firmado entre escola e pais, a cláusula será considerada nula, isentando os pais da obrigação de fornecer os produtos, mesmo que tenham assinado o contrato. As escolas também não poderão criar taxas específicas de material escolar para compensar os gastos com esse material.

Por Nubia Santana