Panificações irão substituir fornos à lenha

Márcio Macedo acredita que medida irá resolver vários problemas
O governador em exercício, Belivaldo Chagas, lançou nesta segunda-feira, 21, uma linha de crédito que irá beneficiar as panificadoras do Estado. O investimento fornecido pelo Banco do Estado de Sergipe (Banese) visa adequar as padarias sergipanas à lei ambiental, trocando os fornos à lenha – que devastam a vegetação e emitem CO² para a atmosfera – por fornos a gás.

O secretário de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Márcio Macedo, afirmou que a medida irá resolver um problema que tem sido motivo de preocupação há muito tempo. “Os ambientalistas diziam que os fornos à lenha prejudicavam o meio ambiente, a população reclamava que representava risco à saúde e as padarias estavam insatisfeitas com a sujeira que a lenha trazia. Esse projeto vem para resolver todos esses problemas”, diz.

Governador em exercício comemora parceria com Banese
O Banese irá conceder investimentos de até R$ 72 mil com juros de 6,75% ao ano. As panificações que pagarem em dia receberão ainda descontos de 25% (municípios do semi-árido) e 15% (demais municípios do estado). “O desconto às regiões do semi-árido é maior porque esses locais precisam de mais investimentos” afirma o governador em exercício, Belivaldo Chagas.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação, Antônio Carlos de Araújo, elogiou o projeto do governo e disse que espera que as padarias sergipanas sejam referência nacional. “Nem todas as panificações poderão se adequar imediatamente às leis, mas acho que o primeiro pontapé para que haja essa mudança já foi dado. Agora é só esperar que essas padarias cresçam e sirvam de exemplo para todas as padarias do país”, afirma.

Givanilson Mendonça: “Precisamos de mais investimentos”
Proprietário de uma padaria em Itabaiana, Givanilson Mendonça acredita que o governo precisa dar mais incentivos para que o preço do pão não aumente. A maior preocupação de Givanilson não é em relação à compra do forno a gás – que custa cerca de R$ 3 mil -, mas à manutenção do equipamento. “Os panificadores de Itabaiana fizeram um acordo com uma empresa de gás e ela está vendendo o produto a um preço menor. Entretanto, o gás poderia ser ainda mais barato. Estamos esperando um investimento do governo nesse sentido”, diz.

Márcio Macedo afirmou que esse não é um assunto a ser resolvido pelo governo do Estado. “Os panificadores precisam se resolver com as empresas de gás. O nosso papel é dar o incentivo financeiro para que seja feita

a troca de matriz energética”, explica.

Por Carla Santana

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