Para superar crise, comerciantes apostam em promoções

Movimento no centro comercial é considerado fraco (Fotos: Portal Infonet)

O aquecimento do comércio nos últimos meses do ano é comum na rotina dos lojistas. Mas em 2015, os comerciantes entraram o mês de novembro amargando uma retração nas vendas de outubro comparadas ao ano passado. Os números variam entre 10 a 20% e, para superar o déficit, as lojas abusam das promoções e anseiam por um acréscimo em pelo menos 5% nas vendas deste mês.

As lojas de móveis e eletros costumam ser um dos endereços mais procurados pelos clientes, principalmente aqueles que pretendem renovar algum aposento das suas casas.  Mas em outubro, por exemplo, uma das lojas do ramo localizada no centro comercial de Aracaju registrou queda em 10% nas vendas comparadas ao mesmo mês do ano de 2014. De acordo com a gerente de loja, Angela Mendonça, a expectativa é superar as vendas de novembro do ano passado em pelo menos 5% nesse ano, mas o otimismo passa longe. “Há bem menos pessoas nas ruas, muito por causa do período difícil e essa crise infeliz. Cumprir a meta para esse mês de novembro vai ser difícil porque já vimos queda nesse mês de outubro e novembro não deve ser diferente”, lamenta a gerente.

Angela: queda em outubro foi de 10%

Neste início de novembro, é possível observar consumidores entrarem na loja, passar alguns minutos olhando objetos, mas saem das lojas sem levá-los. Na ótica do gerente de vendas Ícaro Avelino, esse comportamento têm sido muito comum na loja de acessórios femininos em que trabalha. “O pessoal olha, olha, mas não leva. Na verdade os clientes estão com medo de comprar sem saber o que virá amanhã dessa situação financeira que vive o Brasil”, diz Avelino. A loja de roupas e artigos para as mulheres também registrou queda em torno de 10% nas vendas de outubro, segundo Avelino.

Ambulantes

Edvaldo vê esse ano como o pior para o comércio

Os comerciantes de pequenos objetos e artigos também estão sofrendo com a baixa no mercado. O experiente Edvaldo da Silva diz que acumula mais de 30 anos de venda no centro de Aracaju e nunca viu um movimento tão fraco no calçadão. “Estou sem acreditar no que foi esse ano para o comércio. No meu caso, considerando o ano todo devo ter vendido 70% a menos. É de se assustar mesmo. O pessoal está sem grana, endividados, e não vão gastar nesse fim de ano”, conta. O comerciante acredita que a dificuldade no comércio é encarada na mesma proporção entre as lojas e os ambulantes.

Promoções

Ícaro Avelino conta que promoções pode ser a saída para atrair consumidor

Uma das soluções para superar o saldo negativo de outubro é abusar nas promoções. As lojas dos mais diversos ramos estampam cartazes reduzindo em até 50% o valor do produto na compra à vista. Avelino, da loja de acessórios femininos, espera crescer em as vendas em dezembro e, para isso, acredita nas promoções como saída para atrair clientes. “Tem que reduzir os valores para que as pessoas comprem”, diz. Outra medida para aquecer o comércio tomada pelos lojistas foi antecipar a venda de artigos natalinos.

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio

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