Parque eólico de Sergipe será entregue em julho

Milthon Serna explica as condições para implantação da usina eólica ( Foto: Portal Infonet)

 Como a  escassez de água é um dos principais problemas mundiais, vários países estão investido em energias alternativas. Um exemplo é a produção da energia eólica que além de limpa é renovável. A medida sustentável também está sendo adotada em Sergipe com a construção do primeiro Parque Eólico na Barra dos Coqueiros, além dos impactos ambientais também influenciará a economia sergipana.

A maioria dos estados do Nordeste possui projetos para implantação de usinas eólicas, apenas o Maranhão e Alagoas não possuem nenhum projeto. Sergipe tem agora o primeiro Parque Eólico na Barra dos Coqueiros e ocupa patamar mediano na movimentação dos ventos ficando abaixo do Ceará e Rio Grande do Norte.

Mapa eólico define áreas favoráveis para implantar a usina eólica

Para construção dessas usinas é necessário uma análise do mapa eólico do Brasil para saber quais regiões possuem condições favoráveis. Segundo o professor de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Sergipe (UFS) Milthon Serna, o litoral do Nordeste e o Sul são as localizações mais propícias para implantação por causa da boa movimentação dos ventos. A Amazônia, por exemplo, a pesar de ser o pulmão do mundo, não tem nenhuma possibilidade de implantação de uma usina eólica, pois a movimentação dos ventos é mínima.

Barra dos Coqueiros

Bom recurso de ventos é um dos principais requisitos para implantação da usina eólica, porém o professor de Engenharia Elétrica da UFS, Milthon Serna, alerta que não é suficiente. “Além de uma boa movimentação dos ventos é importante uma adequada rede de distribuição rede elétrica. Será necessário conectar a energia produzida a uma fonte que tenha linhas de transmissão próximas, pois se fica muito distante o custo da instalação seria mais caro que a construção do parque”, afirma.

Presidente da Codise afirma que sergipanos não pagarão valor mais caro por consumir energia limpa

O professor Milthon Serna participou diretamente da escolha do projeto da Barra dos Coqueiros feito desde 2004. Ainda afirma que a cidade foi escolhida por três motivos. “A movimentação dos ventos, já que está situada no litoral sergipano. É uma área bem atingida com habitantes, e possui infraestrutura para transporte dos materiais”, afirma. Além das condições citadas, o parque está localizado próximo ao lado do  porto, o que facilitará o transporte dos geradores que serão importados.

Enonomia

Além da inovação a implantação do parque é para muitos sinônimo de desenvolvimento. De acordo o presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais (Codise), Décio Portella, a usina atingirá 150 mil habitantes. Gerando centenas de empregos. O investimento está em torno de 120 milhões, em que 60% dos custos são dos geradores.

Centenas de empregos diretos estão  sendo gerados para construção do parque. “Nas obras 300 pessoas estão trabalhando, com cerca de 70% de mão de obra local. E esses trabalhadores serão capacitados para outras atividades em virtude da dinâmica complexa que envolve a implantação do parque”, explicou Décio Portella.

Quanto ao valor da energia, o presidente da Codise garante que os consumidores não pagarão valor mais alto pela energia limpa. “Não muda nada no valor da energia eólica em relação à elétrica. Toda energia produzida será  disponibilizada em uma  rede nacional de energia”, afirmou.

Obra será entregue em julho ( Foto: Vieira Neto)

Obras

A China hoje é a maior produtora de energia eólica, por isso os equipamentos da usina eólica da Barra dos Coqueiros foram fabricados neste país. Os equipamentos serão transportados em três navios, sendo que o segundo navio  está previsto para chegar no início do mês de maio. O parque ocupa 280 hectares de área não edificável, onde serão implantadas 23 torres. 

Segundo Décio Portella, a área de dunas cedida pelo Governo só caberia este projeto. “ As dunas estão sendo degradadas pelos gipeiros e pelas pessoas que criam caminhos para ter acesso às praias. Com o projeto do parque eólico a área será preservada. Em troca do terreno a empresa responsável pelas obras vai cercar e vigiar a área”, explica.

Além do projeto do parque eólico na Barra dos Coqueiros, Milthon Serna afirma que existem outros projetos para Sergipe. O litoral Norte e Canidé do São Francisco são áreas que futuramente podem receber um parque eólico.

Por Adriana Freitas e Aldaci de Souza

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