Pescadores aprovam defeso do camarão em Sergipe

Edmilson assegura que interrupção das atividades de pesca é essencial  (Fotos: Portal Infonet)

Segue até o dia 15 de janeiro o defeso do camarão iniciado no dia 1º de dezembro. Em Sergipe, a ação acontece em duas fases distintas, de 1º de abril a 15 de maio e 1º de dezembro a 15 de janeiro. No período do defeso, fica proibida a captura, a conservação e industrialização do camarão tipo sete barbas, rosa e branco.

“A interrupção das atividades de pesca é essencial para que consigamos uma melhor qualidade do produto e, portanto, um bom retorno financeiro após o defeso”, garantiu Edmilson Monteiro, 48 anos, pescador de camarões há 18 anos. 

Segundo Rosalvo Batista, 50 anos, que realiza atividade de pesca desde a Foz do Rio São Francisco até a região da Siribinha, litoral da Bahia, as buscas pelo camarão já estavam sendo desvantajosas antes do defeso.

“As dificuldades para assumir despesas com o envio de barcos para a pesca eram grandes. Durante dez dias de trabalho, conseguíamos apenas 700kg do produto, enquanto que em outras épocas, voltávamos para Aracaju com até 2 mil”, explicou o pescador.

Defeso

Rosalvo realiza atividade de pesca desde a Foz do Rio São Francisco até o litoral da Bahia

De acordo com o superintendente do Ibama em Sergipe, Manoel Rezende, o intuito maior é proteger o camarão sete barbas, que é a espécie mais encontrada em Sergipe, a fim de que , haja a desova e o crescimento das espécies jovens até a fase adulta.

“Duas ações fiscalizadoras serão realizadas em meio a um período de 45 dias. Divulgações e orientações destinadas aos pescadores e comerciantes começaram a ser feitas nos principais pontos de desembarque do pescado, a exemplo do Mercado Municipal , em Aracaju, e do município de Pirambu. As fiscalizações serão feitas com apoio de entidades parceiras, como a Polícia Militar”, ressaltou Manoel.

O superintendente do Ibama ainda ressalta que a maior parte das ocorrências já registradas pelo órgão estão relacionadas à frotas  de Estados vizinhos, como Bahia e Alagoas. “Os pescadores sergipanos, geralmente, obedecem às normativas, já que participaram da construção coletiva das mesmas, através de Associações de Armadores de Pesca, Colônias de Pescadores, entre outros órgãos”¸ acrescentou.

Declaração

Os pescadores, comerciantes e/ou pessoas jurídicas que se utilizam dessa atividade terão que declarar o estoque ao Ibama até hoje, 6. Em caso de descumprimento, a multa varia de R$ 700 a R$ 100 mil, acrescida de R$ 20, por quilo do pescado. O descumprimento pode ainda acarretar a perda da embarcação, o recolhimento do produto e o cancelamento da licença de pesca.

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