Pescadores e barqueiros que atuam nos municípios de Neópolis (SE) e Penedo (AL) paralisam as suas atividades no próximo dia 8 em protesto contra o projeto de transposição das águas do rio São Francisco. No dia 14, partidos políticos, entidades sindicais e ONGs promovem o fechamento da ponte que liga Sergipe a Alagoas, nos municípios de Propriá e Colégio. O ato de fechamento da ponte acontecerá paralelamente à audiência pública sobre a transposição que vai acontecer em Propriá e contempla todos os municípios da região do Baixo São Francisco, conforme informações divulgadas agora há pouco pelo secretário executivo do Comitê da Bacia Hidrográdfica do São Francisco, Luiz Carlos Fontes. Também vão participar das manifestações deputados estaduais e vereadores de vários municípios sergipanos. A igreja também está organizando debates intensos em toda a região. “O Governo quer fazer a transposição unicamente para beneficiar economicamente o Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte e propaga que o projeto tem fins humanitários”, disse Luiz Carlos. Segundo Luiz Carlos Fontes, o governo federal está comprometendo o futuro de Sergipe, Alagoas, Bahia e Minas Gerais, onde o rio São Francisco fazem percursos naturais, para viabilizar projetos de produção de camarão nos Estados beneficiados com a transposição. Ele admite, porém, que há pequenos investimentos na revitalização, “coisa quase que insignificante”. O secretário Executivo do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco considerou “estranha” a iniciativa do governo federal, através do Ministério da Integração Nacional, de usar os recursos do RIMA em Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte e não como medida compensatória para os Estados que serão atingidos com a transposição. “Está tudo às avessas”, afirmou.
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