De acordo com a empresa, a fábrica irá hiberbar até junho deste ano (foto: Arquivo Porta Infonet) |
A Petrobras vai hibernar a fábrica de fertilizantes nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE) até o final do primeiro semestre de 2018, conforme anunciado em setembro de 2016 quando a empresa decidiu sair integralmente do setor de fertilizantes. A fábrica deixa de produzir, mas terá todos os seus equipamentos mantidos e conservados. O Governo do Estado emitiu nota sobre o fechamento da empresa.
Nenhum outro investimento da Petrobras em Sergipe será afetado por essa decisão. A companhia estima investir mais de R$ 600 milhões no estado até 2019. Entre os projetos prioritários estão o campo de Carmópolis – o maior campo de petróleo terrestre do país -, o Núcleo Experimental de Atalaia (Neat), vinculado ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes) e que desenvolve importantes pesquisas para a Petrobras como um todo -, além do início da exploração de um novo campo no mar a partir de 2022. “A hibernação da Fábrica de Fertilizantes de Sergipe é parte do nosso esforço para focar os investimentos da Petrobras em ativos que tenham menor risco e tragam mais retorno para a companhia. Nosso planejamento estratégico concentra investimentos na produção de óleo e gás no Brasil, incluindo os investimentos para aumento da produção nos campos de Sergipe”, destaca Jorge Celestino, diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras.
A decisão de encerrar as atividades produtivas da Fafen-SE se deve às perspectivas de perdas da Petrobras com esta operação. Em 2017, a Fafen-SE apresentou resultado negativo de cerca de R$ 600 milhões.
Ao longo dos últimos anos, a Petrobras implementou diversas ações para otimização de custos, aumento de produtividade e melhoria de desempenho operacional, mas o resultado continuou abaixo do esperado e o cenário indica resultados negativos para os próximos anos.
A decisão de hibernar as fábricas de fertilizantes (Fafen-BA e Fafen-SE) fez com que fosse necessária uma avaliação do valor recuperável das duas plantas. Em função disso, o resultado anual da Petrobras, divulgado nesta quinta-feira (15/3), apresenta provisão para perda (impairment) com as fábricas de fertilizantes de R$1,3 bilhão.
Até finalizar o processo de interrupção, que deverá ocorrer até o final do primeiro semestre de 2018, a companhia conversará com clientes e fornecedores para encontrar as soluções mais adequadas para a transição.
A Fafen-SE entrou em operação em 1982. A unidade tem como principais produtos ureia fertilizante, ureia para uso industrial, amônia, gás carbônico e sulfato de amônio (também usado como fertilizante). A Fafen-SE conta atualmente com 272 empregados próprios. A Petrobras vai implementar todos os esforços para a realocação dos empregados em outras unidades da companhia.
Fonte: Ascom Petrobras
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