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Ato acontece em frente à sede da Petrobras (Fotos: Portal Infonet) |
Petroleiros que trabalham em Sergipe ainda não perderam a esperança de que o leilão do Poço de Libra [Rio de Janeiro], marcado para às 14h desta segunda-feira, 21, seja suspenso. A categoria em greve desde a última sexta-feira, 19, realizou mais um ato na porta da sede da Petrobras à rua do Acre.
“Hoje é o quinto dia de greve nacional unificada da Petrobras e aqui em Sergipe, todas as unidades [sede, Tecarmo, Carmópolis e Fafen] estão com as atividades paralisadas. A categoria está lutando, primeiro pelo cancelamento do Leilão de Libra e segundo por melhorias na questão salarial”, ressalta a representante do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), Nericilda Rocha.
De acordo com ela, os petroleiros estão reivindicando 16,53%. “Estamos reivindicando o índice econômico. “Desses 16,53%, 6,53% é a inflação e 10% é o que chamamos de ganho real. Estamos há 17 anos sem aumento real de salário. Já tivemos bônus, mas aumento não”, explica.
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Categoria lotou a praça localizada nas proximidades da sede à rua Acre |
Nericilda Rocha lamentou ainda a realização do leilão do campo de Libra. “Trata-se do maior campo de petróleo do Brasil [pré-sal] e é lamentável que seja entregue às multinacionais por preço de banana. A Petrobras vai participar do leilão desta tarde, do qual estamos tentando cancelar, mas sabemos que será minoria nesse processo”, enfatiza.
Contraponto
Em recente nota à imprensa, a Petrobras informou que “A companhia tem como prática nesse tipo de mobilização tomar todas as medidas necessárias para garantir suas operações, de modo a não haver qualquer prejuízo às atividades da empresa e ao abastecimento do mercado, sendo mantidas as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações da companhia".
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Nericilda: "17 anos sem aumento real"
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Quanto às negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2013, a Petrobras informou que “realizou uma série de reuniões com as entidades sindicais e apresentou sua proposta ao longo das últimas semanas. Além de uma proposta completa para as cláusulas sociais (relacionadas ao plano de saúde, benefícios educacionais, saúde, segurança, condições de trabalho etc), a empresa propôs um reajuste de 7,68% e uma gratificação equivalente a uma remuneração, entre outros ganhos econômicos. A Petrobras afirma que está aberta ao processo de negociação com as entidades sindicais sobre o ACT 2013”.
Por Aldaci de Souza