Famílias de ocupações do bairro Santa Maria e das cidades de São Cristóvão e Barra dos Coqueiros voltaram, nesta sexta-feira, 9, a ocupar a sede da Secretaria de Estado Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Diretos Humanos (Seidh). Na iminência de serem despejados das casas alugadas, os manifestantes cobram o pagamento em dia do auxílio-moradia.
São membros de seis comunidades: Terra Prometida, 17 de dezembro, Nasce a Esperança, Novo Amanhecer, Mangabeira e Nova Liberdade. O grupo alega que os pagamentos estão sendo efetuados pelo Governo do Estado com atraso há sete meses. Sem data certa para receber o benefício, de cerca de R$300, as famílias cobram a regularidade para não ter de voltar a viver nas ruas. É o que conta Anthony Costa, uma das lideranças. “Queremos que cumpram com a responsabilidade do auxílio. Precisamos de um projeto de moradia, só fizeram falar que resolveriam nosso problema de moradia. Todos os meses passamos por essa necessidade, o pagamento atrasa. Não temos a oportunidade de sentar e contar a realidade do povo, só somos atendidos como ocupamos aqui. Só tem ‘blá, blá, blá’ e não queremos mais isso”.
A última ocupação aconteceu no mês de fevereiro. Na oportunidade, as famílias cobravam a concessão do auxílio-moradia e de um plano de habitação. O benefício financeiro foi concedido, mas os atrasos culminaram na ação de hoje. Os manifestantes foram recebidos pela secretária adjunta Rosely Bispo.
Insatisfeitos, eles afirmam que não têm prazo para sair da sede da Seidh. Jackson Miller garantiu que o grupo irá lutar pelos seus direitos. “O auxílio atrasa, queremos um acordo fechado para que saia certo todo dia 30. Só sairemos quando resolverem a situação de cada um. Os proprietários já estão pedindo as casas e não sabemos o que fazer. O pessoal vai para onde? Queremos também um plano habitacional, com máquinas já trabalhando. Caso contrário, não sairemos”.
Seidh
Por meio de nota, a Seidh justificou os atrasos alegando que os depósitos do aluguel social são feitos após a finalização da folha de pagamento dos servidores e que o movimento estava ciente. Garantiu que a Secretaria da Fazenda fará o pagamento nesta sexta-feira, 9. “Podem existir casos isolados de atrasos porque alguns beneficiários ainda não apresentaram a documentação necessária para o processo de cadastro e pagamento. A Lei Estadual do Aluguel Social está encerrando o exercício de 2018 e o Governo do Estado já realiza os trâmites para a renovação”.
Uma nova reunião entre os manifestantes e gestores da Casa Civil, Seinfra (responsável pela Política Estadual de Habitação Social) e Sefaz ficou acordada para acontecer nesta sexta-feira, às 15h.
Por Victor Siqueira
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