Apesar disso, gráficas sergipanas estão trabalhando para cumprir com a demanda de santinhos, adesivos e cartazes dos candidatos. Segundo o economista Lion Schuster, o impacto da nova lei eleitoral na produção durante as eleições continua o mesmo. “Não mudou nada”, afirma Lion. Incoerência Além das novas regras do TRE, outro problema é em relação aos contratos fechados entre as coligações e certas gráficas. O sócio-administrador de outra empresa instalada em Aracaju, Walter Castro dos Santos, explica que por conta desses acertos as coligações indicam em quais estabelecimentos os candidatos devem imprimir. Desse modo, algumas delas estão, de fato, se beneficiando desse período de eleições.
Das novidades que as eleições 2006 estão trazendo, a mais polêmica é a Lei Eleitoral 11.300 de 10 de maio de 2006, que faz uma série de restrições à publicidade. A lei, que dispõe sobre propaganda, financiamento e prestação de contas das despesas com campanhas, proíbe, entre outros fatores, a distribuição de camisetas e bonés com número de candidatos, ou a fixação de cartazes e faixas em muros e postes.
A gerente administrativa Sueli Alvarenga relata que a produção na gráfica onde trabalha cresceu cerca de 40%. Para suportar a demanda, a fábrica dobrou a jornada de trabalho, apesar de não ter contratado mais funcionários. “Estamos trabalhando os três turnos: manhã, tarde e noite. A correria aumentou”, conta Sueli.
A resolução, entratanto, está preocupando algumas gráficas sergipanas, que com a nova lei, tiveram pedidos reduzidos por conta das proibições de cartazes e outdoors, por exemplo. Marcos Sampaio: “Esperávamos mais em relação aos outros anos”
O sócio-gerente de uma gráfica aracajuana, Marcos Aurélio Sampaio, confirma essa informação. Ele conta que a produção deste ano está menor em comparação ao que foi impresso no mesmo período, durante as últimas eleições. Em 2004, a gráfica obteve 50% a mais de lucro do que em 2006. “Esperávamos mais em relação aos outros anos”, relata Marcos.
“Nós temos hoje, em média, 150 gráficas, das quais apenas três ou quatro estão realmente trabalhando”, afirma Walter. Ele ainda relata que durante as eleições 2006 apenas conseguiu dois serviços, com um orçamento de menos de R$ 5 mil, “por conta de candidatos que estão pagando do próprio bolso”, conclui. Máquinas estão paradas
Marcos Sampaio completa: “As coligações deveriam fazer uma pesquisa e dividir o trabalho, em vez de centralizá-lo”. Na opinião dele, essa ‘divisão’ poderia gerar mais empregos e mais lucro para as gráficas.
Por Herbert Aragão e Andreza Azevedo
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