Preço do leite sobe e sergipanos diminuem compras

Alimento sofre aumento de até 61,1%
Dados do Dieese informam que o leite está mais caro. O aumento, que chegou a atingir 61,1% no subgrupo do leite longa vida integral, foi um dos fatores que ocasionou o maior índice da inflação no período de janeiro a agosto deste ano (2,72%).

 

Com o aumento do preço, muitos sergipanos passaram a economizar na compra de laticínios. A dona de casa Jussara Bispo, 38, diz que é muito difícil fazer esta economia, já que tem uma filha de três anos, cuja alimentação é baseada em leite e derivados. “O aumento é impressionante. Não dá mais para comprar esses produtos na feira do mês. Venho toda semana para ver as promoções e só compro quando o desconto é realmente bom. Se for, aproveito e compro em grande quantidade para não perder a chance”, afirma. A aposentada Maria Santa também percebeu o aumento dos produtos. “Não tomo leite, mas compro para o meu marido e percebi que houve um aumento bastante considerável. Às vezes, nem com promoção vale a pena comprar porque os supermercados, muitas vezes, enganam os consumidores vendendo um ou dois reais mais barato e dizendo que o produto está na promoção. Um absurdo”, conta ela.

 

Um dos principais motivos para este aumento, ainda segundo o DIEESE, é a diminuição da taxa de crescimento da produção de leite desde o ano de 2005. Dessa forma, mesmo os Estados pioneiros na produção, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, deixaram de produzir em grande escala em virtude da falta de recursos suficientes para manter a produção anterior.

 

Outro fator determinante está relacionado à demanda. O consumo de leite aumenta sempre que as famílias de baixa renda aumentam seu poder de compra e com o reajuste do salário mínimo, houve um crescimento desse poder, o que contribuiu para o reajuste do leite.

 

Informações do Ministério da Saúde (MS) mostram que o leite é um dos alimentos de caráter indispensável na alimentação dos indivíduos. Sem ele, doenças como osteoporose e anemia, distúrbios neurológicos e falta de concentração podem ocorrer com mais facilidade.

 

“Se já é confirmada a importância do leite na vida das pessoas, o governo deveria ser o primeiro a viabilizar uma melhor aquisição para todos, principalmente para os menos favorecidos”, diz funcionário público Leonardo Resende.

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