Apesar das medidas anunciadas pelo Governo Federal que desoneram o trigo, o preço do pãozinho deve se manter pelos próximos meses. O economista do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Sócio-Econômicas (Dieese), Luis Moura, afirma que a baixa dos impostos não significa a baixa do preço no produto. O sindicato dos Panificadores de Sergipe diz que a tendência é de manutenção nos preços.
De acordo com Antônio Carlos Araújo, presidente do sindicato, dois fatores contribuem para que não haja uma redução imediata do preço dos pães. “O primeiro é que houve um aumento de quase 50% da farinha desde o começo do ano. E o segundo é que o Moinho ainda continuará comprando a farinha a preço alto por 30 a 60 dias”, explica.
Para o panificador, a tendência é de estabilização do preço, mesmo após o efeito das medidas no governo nos fornecedores de trigo. “Tenho a impressão de que o preço será fixado no atual”, disse Antônio Carlos. Antônio Carlos, presidente do Sindicato dos Panificadores
Luís Moura, do Dieese, alerta que esse comportamento pode ser o esperado. “A história mostra que a redução dos impostos não implica numa redução dos preços do produto. Foi assim com a CPMF. Nós estamos numa época de mudança no patamar dos preços, e os empresários vêem nisso uma chance de aumentar sua margem de lucro”, afirma o economista.
As medidas do governo foram anunciadas na última quarta-feira, 14, e isentam a produção do trigo de impostos como PIS/Cofins, além de colocar tarifa zero para a importação do trigo.
Por Ben-Hur Correia
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