Preços de transportes foram principal influência para alta da inflação oficial em janeiro

O aumento no preço dos transportes foi a principal influência para a inflação de 0,83% registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em janeiro deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação no segmento de transportes no período foi de 1,55%, bem superior ao 0,29% do mês anterior.

Os transportes públicos registraram taxa de 3,47%, com destaques para passagens aéreas (6,21%), ônibus urbano (4,13%), ônibus interestadual (3,63%), ônibus intermunicipal (2,50%) e táxi (2,03%).

“Os [preços das passagens dos] ônibus urbanos, por exemplo, foram reajustados em quatro regiões metropolitanas importantes [São Paulo, Recife, Salvador e Belo Horizonte]. E isso tem um impacto muito forte sobre o índice, já que as tarifas de ônibus são um gasto forte no bolso do brasileiro”, disse a coordenadora dos Índices de Preços do IBGE, Eulina dos Santos.

Além dos transportes, a inflação continuou sendo influenciada pelos preços dos alimentos, que registraram aumento de 1,16%, e dos serviços. Entre os serviços que tiveram mais impacto no IPCA de janeiro estão hotel (com taxa de 3,08%), manicure (1,99%) e médico (1,66%).

Segundo Eulina dos Santos, o preço dos alimentos tem pressionado a inflação não apenas no Brasil, mas também no resto do mundo. As chuvas na Região Sudeste provocaram as principais altas no preço dos alimentos, devido ao aumento no preço de hortaliças e legumes, como chuchu (88,17%), tomate (27,11%) e cenoura (22,32%). No entanto, as chuvas não tiveram grande impacto no IPCA como um todo.

De acordo com Eulina, o aumento nos preços dos serviços é estimulado pelo crescimento da renda do brasileiro. “Com a renda aumentando, o brasileiro tem consumido mais serviços e os serviços têm aumentado [o preço]”, disse Eulina.

As taxas de inflação nos demais grupos de despesa foram as seguintes: despesas pessoais (0,83%), habitação (0,61%), saúde e cuidados pessoais (0,47%), educação (0,30%), comunicação (0,29%), artigos de residência (0,25%) e vestuário (0,12%).

No acumulado dos 12 meses, a inflação oficial registra uma taxa de 5,99%, a mais alta desde novembro de 2008, que chegou a 6,39%. A maior variação foi percebida nos alimentos e bebidas, que registraram inflação de 10,42% no período.

Para o IPCA de fevereiro, estão previstas influências das altas de preços de gás e de tarifa de trens no Rio de Janeiro e de água e esgoto em Porto Alegre, além de aumentos nos preços de cigarros e mensalidades escolares.

Fonte: Agência Brasil

 

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