Receita Federal para em mobilização de servidores

Servidores para Receita Federal em Dia de Mobilização (Fotos: Aldaci Souza/Portal Infonet)

Nesta quarta-feira, 30, os servidores da Receita Federal em Sergipe realizaram o dia de mobilização e as atividades foram paralisadas. Os servidores se concentraram na sede da Receita Federal onde foi servido café da manhã e, nesta tarde, realizarão assembleia geral para avaliar o indicativo de greve marcado para o dia 18 de junho em todo o país. As atividades serão normalizadas nesta quinta-feira, 31.

“Não estamos em greve, é apenas um dia de mobilização, o segundo que acontece neste ano devido ao descaso do governo federal com a nossa mesa de negociação”, explica José Inácio Garcia Rodrigues, membro do Comando de Mobilização local do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal/Delegacia Regional de Sergipe.

De acordo com o Comando de Mobilização, foram suspensas as atividades realizadas pelos delegados, auditores fiscais do trabalho, auditores fiscais da Receita Federal, analistas e técnicos de finanças e controle, advogados públicos federais e os auditores fiscais da Previdência Social.

A pauta de reivindicações está relacionada ao apelo ao governo federal por melhores condições de trabalho, especialmente nas fronteiras, aumento do efetivo a partir de concurso público e reajuste salarial no patamar de 30% para cobrir perdas acumuladas nos últimos oito anos. “Não estamos pedindo nada além daquilo que está previsto na Constituição Federal”, explica Garcia Rodrigues.

Garcia Rodrigues fala sobre os objetivos do movimento

Ele diz que todas as carreiras do serviço público federal estão com a remuneração congelada desde o ano de 2008, quando foram corrigidas as distorções deixadas pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. “Depois desta recomposição, quando houve mudança na tabela salarial, não tivemos mais reajuste”, revela.

Garcia Rodrigues observa que, mesmo com todas as deficiências no efetivo e com a falta de recomposição das perdas salariais, os servidores mantiveram-se ativos, contribuindo com o aumento da arrecadação. “E a arrecadação vem batendo recorde sempre. A crise internacional só não afetou o Brasil porque o governo está com o dinheiro”, considerou.