Remédios: aumentos de preços dão margem para genéricos

Com reajuste de 12,5%, consumidores devem usar de estratégias (Foto ilustrativa: Portal Infonet)

Com a elevação dos preços dos remédios em 12,5% a partir desta sexta-feira, 1º de abril, conforme resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), consumidores precisam usar de estratégias para tentar conter gastos excessivos na compra do produto. O órgão do Governo Federal formado por representantes de vários ministérios fixou reajuste máximo permitido aos fabricantes na definição dos preços [12,5%]. Em 2015, o reajuste máximo foi de 7,7% e em 2014, de 5,68%.

O presidente do Sindicato de Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado de Sergipe (Sicofase), Alex Garcez, destaca que a alternativa mais viável para o consumidor sergipano é a compra de medicamentos genéricos. Uma aquisição segura, segundo ele.

“A partir do momento em que o Governo Federal estabeleceu medida provisória de que todo medicamento no Brasil, nas suas renovações de registros junto à Anvisa, teria que apresentar testes que comprovem a quantidade real da substância comparada ao quantitativo prescrito na embalagem, a adesão aos genéricos aumentou consideravelmente. Como esse teste custa de R$ 120 mil a R$ 1 mil por cada substância, vários laboratórios não conseguiram pagar e acabaram fechando. Contudo, a história de que genérico não é confiável acabou”, explicou Garcez.

O presidente do Sicofase explica que o percentual reajustado provém da análise de preços de medicamentos baseado no perfil da inflação e que nos últimos cinco anos, o aumento foi 50% abaixo do nível da inflação. “Agora, o aumento de 12,5% representa o cálculo exato de um reajuste compensatório. Uma boa notícia para o empresário que, assim como os demais cidadãos brasileiros, sofreu elevações de despesas – no seu caso para custo operacional, a exemplo de aluguel e energia”, acrescentou.

Mais recomendação

Além da recomendação do uso de genéricos, Alex recomenda ainda que consumidores comparem preços de medicamentos de diferentes marcas. “Existem remédios com o mesmo princípio ativo e preços diferenciados. Cabe ao consumidor aderir à marca que apresentar preços mais em conta e assim sentir menos o impacto do reajuste, lembrando que a lista de medicamentos que custava R$ 500 agora passa a custar R$ 562,50”, concluiu o presidente do Sicofase.

Por Nubia Santana

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