Revendedoras de botijão são fiscalizadas em Aracaju

Botijões estão em falta em algumas revendedoras (Fotos: Portal Infonet)

Representantes do Ministério Público Estadual (MPE), Procon do estado e município de Aracaju e da Polícia Civil realizaram na manhã desta quarta-feira, 30, uma fiscalização nas revendedoras de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) do tipo 13, o popular gás de cozinha. O objetivo da ação é verificar se há conformidade no valor do produto ao ser vendido à população.

De acordo com a promotora Euza Missano, diversas revendedoras em toda capital serão inspecionadas de forma aleatória para saber se há algum tipo de irregularidade. Na manhã de hoje, a equipe de fiscalização esteve em um destes pontos de venda localizado no bairro Santos Dumont. No local, segundo a promotora, não foi constatado nenhum problema. “Nós começamos hoje de forma aleatória em algumas distribuidoras de revendas, e a tentativa é que a gente consiga diminuir o sofrimento dos consumidores. Individualmente a gente pede que limite o quantitativo diante do consumo racional que deve existir”, explica.

Segundo a promotora, a população deve estar atenta para que não paguem preços abusivos. “Caso exista a exigência de um preço diferente daquele monitorado, a pessoa deve entrar em contato com o Procon de Aracaju, Procon estadual e Ministério Público para que possamos colocar o pessoal na rua e adotar as providências”.

Ela ainda informa que a venda dos botijões, assim como de outros produtos será racionalizada, já que por conta da paralisação dos caminhoneiros, a entrega às distribuidoras acabou sendo prejudicada. “Estamos orientando não só às revendedoras de GLP, mas também os postos de combustíveis e supermercados a fazer o consumo racional, ou seja, limitar o número de produtos que por consumidor, para que todos tenham acesso aos produtos”, informou. 

Dra Euza alertou para irregularidades

Caso de irregularidades

Conforme a delegada Viviane Pessoa, da Coordenadoria de Polícias da Capital (Copcal), caso sejam encontradas irregularidades, a revendedora será autuada, podendo ser enquadrada no âmbito administrativo, pelo Procon do município.

Ela explica que caso haja identificação de algo ilícito, a revendedora terá que prestar explicações à Polícia Civil. “Quando vemos que há retenção de produtos para provocar alta de preço, quando há combinação dos revendedores para o preço subir, tudo isso indica crime contra o consumidor. A princípio nós estamos trabalhando de forma educativa para conter essa onda de subida de preços, porque não se admite que em um momento desses aproveitem da fragilidade do consumidor para poder especular em cima”, afirma.

Falta de botijões

Desde o início da semana o Portal Infonet tem noticiado que por conta da greve dos caminhoneiros, as revendedoras de GLP estão sem estoque para comercializar o produto. Na unidade que foi fiscalizada nesta quarta a situação não é diferente. Ibn Pinto, que é um dos sócios da revendedora, conta que o local esteve sem botijões entre o sábado, 26, e a segunda, 28. 

Pessoas aguardavam na fila para poder comprar 

Na manhã de hoje, um caminhão carregado com mais de 900 botijões chegou para abastecer o estoque da revendedora. Porém, segundo o sócio, como a demanda está muito alta a previsão é que eles acabem rapidamente. “Existe uma demanda reprimida. Além das pessoas que estão precisando do gás, outras pessoas que tem medo de acabar também estão buscando comprar”. Segundo ele, uma filial localizada na região centro-sul do estado também sofre com o desabastecimento. “Em Lagarto estamos desde a quinta-feira sem receber gás”, conta.

Na busca pelos botijões, muitas pessoas fizeram fila na porta da revendedora quando perceberam a chegada do caminhão carregado com o produto. Algumas delas vieram de outros bairros da Grande Aracaju para tentar conseguir adquirir os botijões, já que nas regiões onde moram as revendedoras não tem mais estoque para as vendas.

Uma destas pessoas que buscou o gás nesta manhã foi a cuidadora Alaíde dos Santos. Moradora do conjunto Marcos Freire II, em Nossa Senhora do Socorro, ela conta que passou em outros dois bairros, mas não obteve sucesso, e quando soube da chegada do caminhões na distribuidora do Santos Dumont foi logo atrás do produto. “Nunca passei por isso e é uma situação bem constrangedora. Quando meu gás acabou ontem deu desespero porque não sabia se ia encontrar”.

por Yago de Andrade e Aisla Vasconcelos

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Clique no link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acessos a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais