![]() |
Resistência da Fenaban desagrada bancários (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
O resultado da segunda rodada de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desagradou a categoria em Sergipe. A informação é do presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb/SE), José Souza. Segundo o sindicalista, as discussões prosseguem sem nenhuma proposta concreta por parte da Federação.
Ocorrida na última quinta-feira, 15, a segunda rodada debateu questões relativas ao emprego. “Mais uma vez, eles negaram todas as nossas reivindicações. A única coisa que a Federação propôs de concreto foi a retirada de um grupo de trabalho para avaliar as condições de saúde nos bancos, em resposta a uma questão colocada na primeira rodada, no dia 9. Eles se comprometeram a pesquisar demandas como o nível de adoecimento da categoria e o número de pessoas que utilizam medicações controladas”, diz.
José Souza informa que a orientação geral para a categoria é a promoção de manifestações, denunciando os problemas e divulgando a campanha 2013. Uma nova rodada de negociações está programada para o dia 22, quando os bancários em Sergipe deverão organizar-se em uma mobilização. O sindicato ainda irá definir horário, local e caráter do ato.
Reivindicações
A pauta da categoria se centra nas condições de trabalho, emprego, remuneração, saúde e reestruturação produtiva. José Souza salienta a demanda pelo fim do assédio moral e das metas abusivas, bem como o fim dos chamados ‘correspondentes bancários’. “Os correspondentes são pontos de atendimento onde os serviços básicos são oferecidos ao cliente, para que ele não precise se deslocar até uma agência. Nós entendemos que o atendimento nestes locais é inseguro, expondo o cliente e o bancário à diversos riscos”, diz.
A categoria solicita também a retirada do Projeto de Lei (PL) 4330, que trata da terceirização dos serviços. O PL está em trâmite na Câmara Legislativa. Quanto à remuneração, os bancários reivindicam 5% de ganho real somados ao valor inflacionário, o que totaliza 11,93% de reajuste. Outra pauta é a alteração do piso para R$ 2870,21.
Por Nayara Arêdes e Verlane Estácio