Semana Santa: hotéis não lotam e empresários lamentam

Hoteleiros de Aracaju estão insatisfeitos com a procura na Semana Santa (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

Antes considerado o terceiro melhor período para a indústria hoteleira, o feriado religioso conhecido como Semana Santa não tem empolgado em nada os empresários do ramo para 2016. Há menos de dois dias para o início do feriado prolongado, a média de ocupação nos hotéis de Aracaju não ultrapassa os 80% e esse número, apesar de parecer significante, não agrada a gerência dos hotéis, visto que para atrair a clientela, muitos empresários tiveram que abrir mão de taxas e tarifas.

Segundo Manoel Barbosa, um dos membros da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), a principal preocupação dos hoteleiros é a decrescente na procura e reserva de quartos na rede da capital sergipana. “Se olharmos para trás e ver que a Semana Santa só perdia em números para os feriados do réveillon e carnaval, constatamos o quanto abaixo do previsto nós estamos. A cada ano a ocupação está diminuindo e nesse, em especial, penso que deve atingir uma média de 75%”, analisa negativamente.

À esquerda, Elineu diz: Quando o cliente passa pela porta, desafio é fechar a reserva

Um dos motivos que pode ter causado impacto na procura dos turistas é com relação à antecedência do feriado prolongado do mês de abril para o mês de março [definido pelo calendário lunar]. Na ótica do gerente Elineu Soares, os primeiros três meses do ano é um período de gasto para a população brasileira. “Eu penso que as pessoas ainda sentem no bolso os gastos naturais de janeiros, fim de ano e também escolares. Fevereiro teve o carnaval e pouco tempo depois esse feriado”, observa.

Ainda segundo Elineu, no hotel em que trabalha há 68 apartamentos, e apenas 60% está reservado para o período. Ele diz que teve de abrir mão do modelo de venda por pacotes para liberar a reserva por diárias, e mesmo mantendo preços de quartos duplos na faixa de R$ 150 o dia, não foi o suficiente para lotar o hotel. “Nós estamos fazendo de tudo para atrair o cliente, tanto é que quando ele passa pela porta, nosso desafio é que ele só saia com a reserva feita, mas está difícil”, conta.

Luciana (à esquerda) diz que números cada vez são menores

Em outro hotel, gerenciado por Luciana Rodrigues, o número de reservas é de 80%, mas a satisfação quase zero. Isso porque a direção hoteleira resolveu ignorar a inflação e baixar às tarifas com relação ao ano passado no intuito de lotar os leitos, mas não teve jeito. “Ano passado os quartos duplos custavam R$ 320 a diária, esse ano estamos cobrando R$ 300 e ainda assim não vendemos tudo. E só chegamos a 80% de ocupação por causa de um grupo de Petrolina/PE que está para chegar”, revela. De acordo com os hoteleiros, o principal público continua sendo, em sua maioria, turistas de capitais circunvizinhas [Maceió/AL; Salvador/BA], mas neste ano em número menor.

Por Ícaro Novaes e Raquel Almeida

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