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Luiz Moura: aumento de arrecadação e prioridade para obras (Fotos: Portal Infonet) |
Os servidores públicos da administração estadual dão sequência ao movimento unificado contra o atraso e parcelamento de salários e dos benefícios concedidos a aposentados e pensionistas vinculados ao Instituto de Previdência do Estado de Sergipe (Sergipeprevidência). Nesta quarta-feira, 7, representantes de servidores de diferentes categorias concederam entrevista coletiva para questionar o atraso e o parcelamento dos salários e dos benefícios concedidos a aposentados e pensionistas vinculados ao Instituto de Previdência do Estado de Sergipe (Sergipeprevidência).
Os servidores estão convictos de que o Governo do Estado não tem motivo financeiro para promover esta política salarial, que tem gerado grandes transtornos financeiros aos aposentados e pensionistas e aos servidores que continuam em atividade. Segundo o economista Luiz Moura, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e de Estudos Socioeconômicos (Dieese), a arrecadação cresceu, em torno de 7%, considerando o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), e de 2,5% em relação ao Fundo de Participação dos Estados (FPE), inerentes aos repasses das verbas federais.
Para o economista do Dieese, o Governo do Estado priorizou obras. “As obras estão andando e não se vê empreiteiro reclamando de atraso de fatura”, comenta o economista. “As obras estão aceleradas e não falta dinheiro, mas falta dinheiro para pagar aos servidores e a previdência está um caos”, enaltece a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), Ivonete Cruz.
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Ivonete Cruz: caos na previdência |
A sindicalista alerta para o déficit da previdência social que, segundo cálculos do sindicato, gira em torno de R$ 1 bilhão anuais. “Para nós não é déficit, é rombo”, adverte. Segundo a sindicalista, o Governo do Estado anunciou medidas de capitalização do Fundo de Previdência no ano passado, mas até o momento não adotou nenhuma medida para iniciar este processo. “Se não iniciar uma política séria de capitalização, a tendência é o servidor ficar sempre sem salário”, adverte.
Segundo Ivonete Crruz, após a fusão dos Fundos Previdenciários, anunciado como medida alternativa para evitar o parcelamento e o atraso dos salários, o Governo só conseguiu manter o calendário da folha em apenas dois meses e logo depois voltou a atrasar o pagamento das remunerações dos servidores. “Possa ser que neste ano, ele mantenha um calendário porque é ano de eleição”, considera.
Governo
A assessoria do Governo informa que "O Sindifisco vem negociando com o governo melhorias para a sua categoria e o governo está com dificuldades para atender. Isso vem fazendo com que o Sindicato adote uma série de críticas, as quais o Fisco sabe que são infundadas, pois conhece o funcionamento da máquina pública e sabe das responsabilidades do governo em relação a repasses para o déficit da previdência, para os Poderes, para os municípios, os repasses constitucionais e o pagamento da folha.
O governo tem um planejamento anual que vem sendo frustrado constantemente pelas quedas abruptas e inesperadas das receitas, principalmente, aquela proveniente do FPE que é a maior fonte de recursos do governo do Estado. O governo mantém-se aberto ao diálogo, mesmo em face às restrições financeiras pelas quais vem passando".
Por Cássia Santana
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