Servidores da Energisa criticam proposta da empresa

Funcionários fazem manifestação na porta da empresa (Fotos: Portal Infonet)

Os funcionários da Energisa, a empresa distribuidora de energia elétrica em Sergipe, realizaram uma manifestação no início da manhã desta quinta-feira, 6, em protesto à resposta da diretoria quanto à pauta de reivindicações da categoria para compor o acordo coletivo de trabalho. A manifestação durou apenas duas horas, entre às 6h30 e 8h30, retardando o início do expediente.

As propostas da empresa serão analisadas pelos funcionários na noite desta sexta-feira, 7, em assembleia geral a ser realizada a partir das 19h na sede do Sindicato dos Eletricitários de Sergipe (Sinergia). “Se a empresa não melhorar a proposta, a greve não está descartada”, anuncia o presidente do Sinergia, Sérgio Alves de Souza.

De acordo com a interpretação do sindicato, na contraproposta, a empresa exclui 18 itens do acordo coletivo que está em vigor, com renovação anual há cerca de duas décadas. Na ótica do presidente do sindicato, são cláusulas consideradas como direito adquirido. “Estamos buscando o entendimento e, em último caso, vamos recorrer à assessoria jurídica”, enfatizou o sindicalista.

Sindicalistas criticam propostas da empresa

Conforme o presidente, a empresa propõe a exclusão de cláusulas importantes, a exemplo daquelas que garantem a assistência médica, participação nos lucros e gratificação a título de periculosidade. “Não podemos aceitar. Para se ter ideia só neste ano, quatro trabalhadores morreram vítimas de acidente de trabalho, dois estão mutilados e há cerca de 70 afastados por doença ocupacional”, denuncia o sindicalista.

Interpretações

A diretoria da Energisa nega o interesse da empresa em prejudicar os trabalhadores e considera que a insatisfação é consequência de interpretação equivocada por parte do sindicato. O diretor de marketing da empresa, Marcelo Medina, garante que a proposta da empresa não prejudicará os trabalhadores [considerados como colaboradores pela diretoria da empresa].

“Não há nada definitivo. O processo de negociação tem algumas etapas, é um processo negociável com um objetivo comum”, ressaltou Medina. “Não há exclusão de cláusulas da forma como estão dizendo, há proposta de adequação e estamos buscando o entendimento”, considerou.

Sérgio Alves: exclusão de 18 cláusulas

Quanto à assistência médica, Medina explica que a empresa tenta trazer maior flexibilidade quanto à opção do plano de saúde, visto que o acordo coletivo prevê a prestação do serviço por meio de um único plano. E quanto à periculosidade, conforme as informações do diretor de marketing, o objetivo da empresa é fazer um estudo para verificar quais funções e áreas que têm direito à gratificação para se fazer as adequações necessárias. “Não queremos tirar a periculosidade, até porque seria ilegal”, ressaltou.

A participação nos lucros, na ótica de Medina, também será preservada. “A PLR [Participação nos Lucros e Resultados] está regulamentada por lei. Há uma comissão, com participação do sindicato,  que define a PLR anualmente. Como há estes meios, isso poderia não estar como cláusula do acordo coletivo porque já existe”, explica Medina. “Pela proposta da empresa, a PLR continua”, comenta o representante da empresa.

Por Cássia Santana

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