Sincor diz que Makro pode voltar a funcionar em Aracaju

Incêndio na loja Makro de Aracaju aconteceu nesta última terça, 10 (Fotos: Portal Infonet)

"A unidade pode voltar a operar e continuar empregando centenas de sergipanos", diz Érico Melo

O incêndio que destruiu boa parte da loja Makro Aracaju acontece numa época em que a companhia enfrenta a crise financeira que tem afetado toda economia do Brasil. Mesmo assim, a rede atacadista holandesa implantada na capital sergipana há 14 anos – no dia 6 de outubro de 2003 – pode voltar a funcionar, segundo explica o presidente do Sindicato das Corretoras de Seguro de Sergipe (Sincor), Érico Melo.

“O incêndio na filial Makro em Aracaju foi muito grande, praticamente destruiu toda a loja. Mas, com o pagamento da indenização pela seguradora, a unidade pode voltar a operar e continuar empregando centenas de sergipanos e contribuindo para o desenvolvimento do estado, se assim os investidores quiserem”, diz.

Érico Melo explica que o seguro da companhia é contratado na modalidade all risks e foi fixado como capital segurado o valor máximo para o maior dano possível da maior loja em operação no país, algo para mais de R$ 2 bilhões para incêndio de bens, mais de 800 milhões em avarias em mercadoria e mais de 900 milhões de lucros cessantes, além de mais 12 milhões para responsabilidade civil.

“É bem abrangente, entre as principais indenizações está a cobertura por indenização por prejuízos causados ao prédio, cobertura por lucro cessante e cobertura pelos danos da mercadoria”, explica. A rede atacadista holandesa Makro pertence a SHV Holdings N.V e foi fundada em 1968 com sede em Amsterdã. Desde 1998 as lojas europeias pertencem a alemã METRO, atuando em vários países da Europa, Ásia e América do Sul.

De acordo com Érico Melo, esse também é um período que a companhia está passando pela troca de comando da presidência do grupo no Brasil. "Roger Laughlin deixa o cargo para assumir a operação da atacadista na America do Sul e assume Marcos Ambrosano, ex-vice-presidente do Walmart", diz o presidente do Sincor Sergipe. 

Prejuízos

Um levantamento do Valor Econômico, divulgado em 26 de novembro de 2016, aponta que em 2014 e 2015 os números da rede atacadista Makro fecharam no vermelho, com prejuízos de R$ 43,1 e R$67,7 milhões respectivamente. No Brasil, o Makro está presente em 24 estados e no Distrito Federal, com um total de 78 lojas.

É a sétima maior empresa varejista do país (considerando que também vende ao consumidor final), segundo ranking do Ibevar em 2012. Aracaju é a 42ª cidade a ter um ponto de venda da rede atacadista Makro. O incêndio ocorrido nesta última terça, 10, que destruiu grande parte da loja da rede na capital sergipana não deixou feridos, mas pode deixar mais de 100 trabalhadores desempregados. 

A assessoria de comunicação do Makro, a FSB Comunicações, informa que ainda não há um posicionamento da empresa com relação ao retorno do funcionamento em Aracaju. "Por enquanto o nosso foco é dar apoio para todos os trabalhadores", informa Victor Peixoto.

Outros incêndios

O presidente do Sincor informa, ainda, que incêndios de pequeno porte em empresas de Sergipe acontecem de forma corriqueira. “Há dois meses aconteceu um incêndio numa fábrica de produto de limpeza”, disse, ao acrescentar que a maioria das grandes empresas no Brasil é obrigada a fazer seguro.

“Porque grande parte delas tem capital aberto. Uma garantia disso é assegurar o emprego. Ou seja, no caso do Makro, com a volta da empresa, emprego dos funcionários está garantido”, explica Érico Melo. O último incêndio de grande porte ocorrido em Aracaju, envolvendo empresa, foi o da Pisolar, em 2007. “Que também tinha seguro, sofreu danos materiais, não houve vítimas e voltou a funcionar”, afirma.

Por Moema Lopes

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