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| (Foto: Arquivo Infonet) |
Após a declaração feita pelo superintendente Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), Nelson Felipe, denominando de “fora da realidade” a proposta do reajuste da tarifa de transporte em Aracaju, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) explica que o valor é baseado em análise técnica. As empresas propõem um reajuste de 15,7%, passando de R$ 2,35 para R$ 2,71.
Em nota, o Setransp detalha que, de acordo com a planilha de custos, as empresas de transporte possuem despesas, dentre elas o combustível, e impostos. “25% da tarifa equivale ao preço do óleo diesel, 41% a mão de obra, 7% aos impostos, e os demais 27% é referente a depreciação dos veículos, ao custo com pneus entre outras manutenções, além da remuneração do capital investido”, lista.
Ainda segundo o sindicato, o requerimento para a revisão da tarifa de ônibus com base em uma análise técnica é enviada anualmente e que a proposta é técnica e seguidas de cálculos tarifários, regulamentados por Lei Municipal. “O percentual que estima reajustar a tarifa em R$2,71, foi requerido a partir de uma contagem que envolve a divisão entre o total de custos pelo serviço de transporte, e o número de passageiros pagantes. E, apesar da defasagem do preço da tarifa, esse cálculo não detém a reposição de perdas anteriores”, explica.
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Sem acordo
Nelson Felipe mantém sua posição quanto à negativa de reajustar o transporte público e salienta que o Prefeito de Aracaju, João Alves Filho, não irá aumentar a tarifa. “Não enviaremos a proposta para a Câmara de Vereadores, pois o prefeito já avisou que não vai reajustar o transporte. Houve um aumento de 8,8% há 7 meses, portanto, não tem fundamento enviar uma proposta desse nível”, reafirma.
Reajuste salarial
O Setransp argumenta ainda, que o sistema em Aracaju, teve 4,4% da tarifa reajustada, nos últimos dois anos, atendendo a população, e mantendo as negociações anuais para reajuste salarial da categoria dos rodoviários. “Neste mês de março, deverá ser celebrado acordo coletivo de trabalho com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Aracaju (Sinttra) que, de início, reivindica um percentual de 16% de aumento no salário e 20% no ticket de alimentação, o que compromete ainda mais a receita do sistema hoje auferida. Ou seja, o setor está conseguindo se reerguer, mas precisa discutir a defasagem da tarifa que é pontual e prejudica o equilíbrio do mesmo”.
