Termoelétrica renderá R$ 50 mi em impostos para Barra

Usina começa a operar em janeiro de 2020 (Foto: Reprodução/Celse)

A construção da Usina Termoelétrica Porto Sergipe na região da Barra dos Coqueiros, iniciada no segundo semestre de 2016, já rendeu aos cofres do município R$ 14,9 milhões em impostos. Segundo diretores das Centrais Elétricas de Sergipe S.A. (CELSE), executora da obra, até janeiro de 2020, quando a Usina entra em operação, a Barra dos Coqueiros já terá recebido um montante de R$ 50 milhões com o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).

As altas cifras consoam com a grandeza do investimento na Termoelétrica: são pelo menos R$ 5 bilhões investidos do capital privado com o projeto de transformar gás natural (importado) em 1,5 megawatts de energia elétrica – energia equivalente a 15% da demanda de todo Nordeste ou consumo de 20 milhões de pessoas. A meta é de processamento diário de 8 milhões de m³/dia de gás natural liquefeito. A obra atualmente emprega 1.900 trabalhadores e, segundo a CELSE, 1.100 são sergipanos.

Em conversa com nossa reportagem, Edio Rodenheber, diretor de operações da CELSE, explicou que a escolha por Sergipe para receber a maior Usina Termoelétrica da América Latina está atrelado ao que chama de ‘bom terreno’ e proximidade com o mar. Algumas das contrapartidas da empresa para o estado são as reformas do Arquivo Público Estadual (em andamento), do Teatro Tobias Barreto (em projeto) e da Biblioteca Pública Epifânio Dória (em projeto). Para a Barra dos Coqueiros, a CELSE afirmou que planeja realizar investimentos urbanos no acesso do município, construção de escola , entre outros.

Meio ambiente

Para a instalação da Usina em Sergipe, a CELSE também precisa garantir investimentos ambientais como espécies de contrapartidas. Os recursos para fins ambientais devem representar entre 0,25% a 0,5% do investimento na obra. Segundo Rodenheber, há uma discussão no âmbito jurídico para que aporte vá para a região de manguezal da Barra dos Coqueiros, e os recursos não precisem passar pelas mãos dos gestores públicos, ou seja, a empresa diretamente fará a intervenção.

Por Ícaro Novaes