Trabalhadores da C. Civil continuam em greve

Trabalhadores realizam mais um ato (Foto: Portal Infonet)

Trabalhadores da construção civil não aceitaram o reajuste de 8% oferecido pela classe patronal e continuam em greve por tempo indeterminado. Na manhã desta segunda-feira, 20, os trabalhadores realizaram mais uma manifestação no Parque Teófilo Dantas, Centro. Os trabalhadores pedem 15% de reajuste salarial, auxílio cesta básica no valor de R$ 150 e plano de saúde.

De acordo com o presidente do Sindicato dos trabalhadores na Indústria da Construção Civil (Sintracon), Raimundo Luiz, os trabalhadores rejeitaram a proposta por acharem que os patrões podem pagar mais do que foi oferecido. Ainda segundo ele, o valor da cesta básica oferecida, no valor de R$ 50,00, não agradou a categoria, que alegam o valor muito baixo. “Além desses reajustes, estamos reivindicando ainda os Equipamentos de proteção que são obrigatórios e garantem a segurança dos trabalhadores, mas nem isso está sendo oferecido”, disse.

Diálogo

Na última sexta-feira, dia 17, representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil (Sintracon) estiveram reunidos com representantes da classe patronal na Superintendência Regional do Trabalho (SRT) na tentativa de abrir um diálogo entre as partes. Na oportunidade, o sindicato ficou de avaliar com os demais trabalhadores sobre a proposta.

Em nota, a Sinduscon divulgou na última sexta-feira, que “O SINDUSCON-SE tem sido sensível e justo quanto às reivindicações de todos os trabalhadores nos últimos cinco anos. Neste período, eles tiveram um aumento de 65,89%, o que representa um ganho real de 34,01% sobre a inflação oficial, além da conquista do café da manhã.
Na sexta-feira, 17, através de convite da Superintendente do Trabalho e Emprego, foi feita nova rodada de negociação e fechado um acordo ainda mais vantajoso para o trabalhador.

Neste acordo assinado pelo SINTRACON, foi acertado um reajuste de 8%, retroativo a março, e cesta básica de R$ 50,00.
Em uma atitude de desrespeito à Superintendência do Trabalho, às comissões de negociação patronal e dos trabalhadores, parte da diretoria do SINTRACON informou, à tarde, que o acordo assinado ao meio dia não estava valendo, e a greve iria continuar.

Não acreditamos que esta seja a postura dos trabalhadores da construção civil e cremos que os limites foram ultrapassados com esta atitude desrespeitosa, que faz com que as vantagens para os trabalhadores demorem ainda mais. Embora entendamos ser legítimo aos trabalhadores exercerem o seu direito de greve, o SINDUSCON/SE considera esta atitude desrespeitosa e inoportuna. O que o SINTRACON assina e diz muda de hora em hora, por isso não merece confiança.”

Por Eliene Andrade