Uma das principais razões de retenção da declaração na malha fina em 2006 foi o esquecimento ou a omissão de renda dos dependentes. Muitos contribuintes usufruíram as possibilidades de dedução, mas não forneceram as informações como deveriam. E esse é apenas um dos caminhos que podem levar à ‘malha fina’. Gleide Selma diz que procura pelo serviço aumenta em abril
Declarar o Imposto de Renda não é uma tarefa muito fácil, principalmente para aqueles que não têm experiência no assunto. Por conta disso, as empresas de contabilidade, ou mesmo contadores autônomos, têm sido procurados para fazer o serviço pelo contribuinte.
A recomendação dos profissionais é para que o primeiro passo seja organizar a documentação necessária para prestar contas à Receita Federal. Portanto, se os papéis ainda não foram preparados, o contribuinte deve começar a se preocupar com eles, para evitar erros, esquecimentos e omissões que, para a Receita, geralmente são vistos como sonegação.
Além disso, quem entrega a declaração antes tem mais chance de receber a restituição nos primeiros lotes. “Algumas pessoas têm um bem e esquecem de trazer comprovantes para fazer a declaração. Por isso é que fazemos uma espécie de entrevista antes de pegar a documentação. Verificamos as posses de imóveis, veículos, dentre outros bens. Muita gente acaba caindo na malha fina sem querer mesmo”, conta Gleide Selma Santos, sócia de uma empresa de contabilidade.
Valores
De acordo com ela, o valor do serviço é variável, mas a média cobrada por uma empresa é de R$ 350 (um salário mínimo). “Uma declaração mais simples pode sair até por R$ 200. Se determinada empresa fizer um pacote conosco para fazer a declaração de vários funcionários o valor individual pode ser de até R$ 150. Varia bastante. Depende do trabalho que teremos que fazer”, explica Gleide Selma.
Ela diz que, por enquanto, a procura pelo serviço tem sido baixa, mas a partir do dia 1º de abril a expectativa é que o movimento aumente, pois o prazo para fazer a declaração vai até o dia 30 do mesmo mês. “A velha mania do brasileiro de deixar tudo para a última hora permanece, mas ele tem que lembrar que quanto antes entregar a declaração mais cedo será restituído”, destaca, aproveitando para enfatizar a importância de se fazer a declaração com a ajuda de um profissional.
“Tem detalhes que a pessoa, mesmo com as facilidades e o acesso ao programa na internet, pode não saber, pois não são coisas do dia-a-dia dela. Muita gente acaba na malha fina sem usar de má fé. É por desconhecimento mesmo, falta de experiência na hora de fazer a declaração”, diz.
“Quem mais procura a empresa são os próprios clientes, principalmente profissionais liberais. Trabalhamos mandando e-mail para as empresas que já trabalham com a gente, divulgando o serviço, mas tem pessoas que, mesmo não sendo clientes nossos, já têm a consciência de fazer a declaração conosco”, complementa.
Restituições
Se a Receita mantiver o calendário dos anos anteriores, as restituições começam este ano no dia 15 de junho e devem ter mais seis lotes nas seguintes datas: 2º lote, em 16 de julho; 3º lote, 15 de agosto, 4º lote, 17 de setembro, 5º lote, 15 de outubro, -6º lote, em 16 de novembro; e 7º lote, em 17 de dezembro. Mas essas datas são válidas para quem não cair na malha fina.
A recomendação para quem tiver esse problema é que procure a Receita e verifique a causa. Além disso, é importante guardar os documentos utilizados para declarar por cinco anos. Eles servem para consultas e para resolver possíveis problemas com a Receita Federal.
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