Usina de Japoatã será ampliada e deve gerar 1,2 mil empregos

O empresário José Pessoa, que emprega centenas de pessoas em Sergipe no setor sucro-alcooleiro, esteve visitando o Estado para discutir a ampliação da produção no Estado e divulgar projetos de despoluição na área onde atua. “Eu tenho interesse e o Sebrae também tem em divulgar a questão da poluição. O Brasil será o primeiro país do mundo a trabalhar a despoluição. Foi o primeiro a usar o álcool como combustível porque o álcool não polui e a gasolina brasileira é misturada com álcool. Isso reduz os índices de poluição retirando os fungos utilizados antes na gasolina”, explica.

Pessoa afirma que cerca de 50 países no mundo estão usando o álcool como combustível misturado à gasolina, entre eles os Estados Unidos, México, Colômbia, Paraguai, África do Sul e Suécia. “A Alemanha vai começar a usar agora. A Itália está começando a usar. O Japão vai começar a usar, a China já está usando. A única forma do Japão reduzir a poluição é através do álcool na gasolina”, observa. O Sebrae, lembra José Pessoa, tem feito avançar essa discussão.

O Brasil, adverte Quirino, terá que aumentar a produção de álcool. Segundo ele, a produção está crescendo muito no Sul do país. “Aqui no Nordeste praticamente não tem crescido. Tem crescido um pouco aqui de estado de Sergipe. A idéia é aproveitar esse momento pra desenvolver um pouco a atividade agrícola do estado que, dentro dos estados nordestinos, Sergipe talvez seja o de menor intensidade agrícola”. O empresário afirma que Sergipe tem uma exploração muito grande na área de petróleo, minério, mas é fraco na agricultura. “É a oportunidade para ver se desenvolve a agricultura de Sergipe”.

Expansão

Proprietário de uma usina de álcool em Sergipe, na cidade de Japoatã, José Pessoa afirma que tem planos para expandir a produção em Sergipe, mas alega que necessita de alguns incentivos por parte do governo estadual. Pessoa lembra que Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte oferecem incentivos, “Sergipe ainda não acordou pra esse setor da cana, ao contrário. Esse setor em Sergipe só tem diminuído porque várias usinas fecharam ao logo desses anos”.

José Pessoa tem indústrias de álcool São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Sergipe. Gera 10 mil empregos no setor. Há uma década o negócio foi instalado no Estado. Mas é no Sul onde a produção e os lucros têm sido mais animadores. “Lá as condições são muito melhores para desenvolver a produção. E a gente cresceu a produção muito mais lá do que aqui. Então acho que não só pra mim, mas se o governo, a exemplo de Pernambuco, onde o setor voltou a crescer, deveria apostar nesse negócio e dar incentivos de verdade”, concluiu.

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