A retomada do programa nuclear brasileiro pelo governo Lula, em curto prazo, compreenderá o reinício das obras da Usina de Angra III e a construção de uma usina termonuclear no Nordeste, num ponto do Baixo São Francisco. As obras em Angra III já estão sendo reiniciadas e a usina nordestina, de grande necessidade para o futuro abastecimento de energia da região, encontra-se em processo de definição quanto a sua localização pela Eletronuclear, empresa do governo encarregada de implementar o programa nuclear. Há fortes evidências de que o nosso Estado apresenta os melhores requisitos técnicos, econômicos e ambientais para receber essa usina, seguida do vizinho Alagoas. Pernambuco também está nesta luta, mas transitando pela via política, encabeçada por Sérgio Resende, ministro da Ciência e Tecnológica. Enquanto o tempo urge, pois segundo o presidente da Termonuclear, Othon Luiz, esta escolha tem que sair até fevereiro, não estamos vendo os nossos políticos abraçar esta causa, com exceção do deputado Albano Franco e do prefeito Orlando Andrade, de Canindé. É bom lembrar que se trata de um investimento superior a US$ 4 bilhões, com perspectiva de criação de milhares de empregos e geração de renda, além do desenvolvimento científico e tecnológico que um projeto dessa natureza desencadeia. Será que nos passarão a perna, por incompetência política nossa, a exemplo do que aconteceu com a fábrica de barrilha, na década de 70 que foi para o Rio Grande do Norte, quando Sergipe reunia as melhores condições para que aqui fosse implantada? Será que não estão acreditando nessa possibilidade ou que tudo não passa de um blefe? Vamos pensar grande, gente. Por Ivan Valença
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