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Nova tarifa passa a valer hoje (Foto: Portal Infonet) |
O novo valor da tarifa de ônibus de R$ 2,35 passou a valer nesta segunda-feira, 1º. O valor foi aprovado pela Câmara de Vereadores na última terça-feira, 25. Nos terminais de Aracaju, usuários reclamam da nova tarifa.
A passagem foi reajustada após protestos realizados em todo país. Em Aracaju, no início do ano a passagem era de R$ 2,25, sendo reajustada para R$ 2,45. Após os protestos do ‘Acorda Aracaju’, o prefeito João Alves Filho reduziu 10 centavos, mas muitos usuários continuam insatisfeitos.
A doméstica Sônia Santos afirma que gasta quatro passagens para se deslocar da sua residência, no município de Itaporanga, até o trabalho em Aracaju. Ela gasta R$ 9,40 por dia só com passagens. “Para quem ganha um salário mínimo fica complicado. Acho que deveria permanecer o valor de R$ 2,25 que não resolve o problema, mas já é uma ajuda".
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Doméstica conta que gasta quatro passagens por dia |
As condições dos transportes de ônibus é outra reclamação dos usuários, que consideram o reajuste injusto. “Deveria permanecer o valor de R$ 2,25 e melhorar a estrutura dos transportes que é precária. São ônibus quebrados e superlotados diariamente”, reclama Eliane Araújo, que utiliza a linha Circular Cidade II e Jardim Atlântico/ Atalaia.
Revogação
Em relação ao novo reajuste, o Movimento não Pago pede a revogação da tarifa e a discussão da planilha de custos. Segundo o representante do movimento, Gustavo Mendes, não houve uma redução do valor e sim um aumento menor da tarifa.
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"Acho que deveriam melhorar o transporte público", reclama Eliane |
“O novo valor mostra que as manifestações estão surtindo efeito, mas ainda não chegamos ao valor desejado. Segundo o laudo econômico que apresentamos na ação popular, o valor ideal seria de R$ 1,92”, afirma Gustavo.
O 4º Acorda Aracaju acontecerá na próxima terça-feira, 2. A concentração será na Praça Fausto Cardoso às 15h. Na primeira manifestação realizada em Aracaju, mais de 20 mil sergipanos foram as ruas protestar por melhores condições no transporte público, saúde e educação.
Por Adriana Freitas e Kátia Susanna