VCA começa a pagar salários às 15 horas

Trabalhadores concentrados nas imediações da sede da empresaLegenda (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Motoristas e cobradores da Viação Cidade de Aracaju (VCA) continuam apreensivos e, na manhã desta quinta-feira, 25, estão concentrados na porta da empresa, aguardando os desdobramentos das negociações feitas entre os sindicatos patronal e dos empregados.

Em negociação com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Aracaju (Sintra), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp) se comprometeu a iniciar o pagamento referente aos salários do mês de junho na tarde desta quinta, a partir das 15h, conforme assegurou o presidente do Sintra, Miguel Belarmino.

Mesmo assim, uma nova greve poderá afetar todo o sistema de transporte coletivo na região metropolitana, segundo alerta feito pelo motorista Manoel Messias, um dos empregados que está sem receber vencimentos nem ticket alimentação. O motorista diz que a categoria não aceita posição do Setransp em pagar apenas os salários. Eles querem também que o sindicato patronal quite a dívida referente ao auxílio alimentação.

No entanto, nas negociações com o Sintra, de acordo com Belarmino, a diretoria do Setransp deixou claro que pagaria apenas os salários atrasados. “Como a VCA não está operando, não está gerando renda e, por não gerar renda, o Setransp não pagará os tickets”, informou Belarmino. O sindicalista garante que diretores do Sintra estarão acompanhando todo o processo para pagamento dos salários.

Neste primeiro momento, conforme o acordo, serão pagos salários de trabalhadores com nomes iniciados entre as letras A e I. Os demais, conforme o presidente do Sintra, serão contemplados na sexta-feira, 26.

Mas o clima continua tenso. “Se o Setransp não pagar os salários hoje deste pessoal, vamos fechar o terminal do DIA”, comunica o motorista Manoel Messias. “E não queremos apenas os salários, queremos que o Setransp também pague o ticket alimentação”, adverte, alertando para uma nova greve. “Senão, vamos parar novamente a [Viação] Progresso”, completa.

Por Cássia Santana