Para muitos a palavra “investir” não faz parte na rotina financeira. O dinheiro do salário é quase tolamente destino a pagar as contas. Segundo o coaching financeiro Augusto Carneiro, o endividamento das famílias é o principal fator que impede a realização de um eficiente planejamento das finanças. Carneiro afirma que poupar e investir são palavras-chaves para uma velhice tranquila e sem transtornos financeiros.
“Mais de 60% das pessoas do Brasil estão endividadas, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic)”, afirma Augusto Carmeiro. Diante desse panorama, ele conclui que as pessoas além de não conseguirem fazer quaisquer reservas financeiras não conseguem controlar o gasto mensal.
Para sair dessa realidade, Carneiro alerta para os gastos com cartão de crédito. Segundo ele, grande parte das dívidas começa pelo uso inconsciente do cartão. “Como a grande maioria das pessoas não têm essa reserva elas vão logo de imediato para um empréstimo ou joga tudo no cartão de crédito”, avalia. São hábitos assim, segundo ele, que afogam o orçamento e não deixa margem para investir.
Augusto explica que o mais importante não é quando se ganha, mas a maneira com a qual se administra o salário. “A grande dica que eu dou é que as pessoas precisam “se pagar”. Ou seja, assim que receber o salário, destinar para si 10% do valor recebido e colocar numa conta para investimento”, destaca. Agindo dessa maneira, ele afirma que as pessoas vão criando um hábito de poupar e, com isso, vão apreendendo a ser mais consciente na hora de comprar.
Plano de finanças
Conforme o dinheiro que for destinado à investimentos for aumentando, Augusto orienta que as pessoas tenham dois planos de finanças específicos. Ele dá os nomes de “R.E” (Reserva Emergencial) e “Colchão da Segurança Financeira”. O primeiro diz respeito ao dinheiro que é reservado para gastos emergenciais que acontecem de maneira imprevista, como conserto de um carro ou alguma viagem. Já o segundo é uma reserva que a pessoa faz para usar em caso de desemprego. Ele explica que é importante as pessoas reservarem o valor de todo o gasto mensal equivalente ao período de seis meses ou um ano. “Caso a pessoa fique desempregada, por exemplo, ela já tem uma reserva para o período em que estiver procurando um novo emprego” explica.
Aposentadoria
Augusto destaca que para viver bem no futuro é necessário se preocupar com os pequenos gastos no presente. “A partir do momento que as pessoas já conseguem poupar e gastar menos do que ganha, é hora de começar a escolher as formas de investimento”, detalha.
Ele diz que as formas de investimentos variam conforme o perfil de cada um. “Há pessoas que são mais conservadoras, outras que gostam de arriscar mais. Isso é variável”, detalha. No entanto, ele orienta que as pessoas ‘fujam’ da poupança. “Nós não classificamos a poupança como uma forma de investimento porque a rentabilidade dela é menor que a inflação”, afirma.
Para as pessoas que têm perfil conservador, o coaching orienta investimentos em renda fixa, CDB ou Títulos do Tesouro. “Eles possuem rentabilidade pequena, mas maior segurança”, diz. Já para as pessoas que preferem se arriscar um pouco mais, ele cita ações e debêntures com uma opção interessante. “Embora sejam investimentos que tenham um risco maior, a rentabilidade nesses casos é muito alta”, acrescenta.
por João Paulo Schneider
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