Vendas diretas não param de crescer no país

Catálogos são instrumentos de trabalho de milhares de sergipanas
Com catálogos na mão e uma boa lábia, milhares de sergipanas conseguem um dinheiro extra vendendo cosméticos, plásticos  para cozinha, jóias e uma infinidade de produtos que ajudaram a movimentar mais de R$ 14 milhões na área de vendas diretas no Brasil, levando o país a ocupar a 10ª posição no ranking mundial do segmento.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), a quantidade de pessoas que vendem de “porta em porta” é de aproximadamente dois milhões, o que equivale à população de Curitiba. São muitas mulheres e alguns homens que estimularam o crescimento do setor através da relação de fidelização com o cliente, forte característica deste tipo de comercialização.

Dinheiro extra

Cristina mostra um dos produtos que vende
A depiladora Cristina dos Anjos Correia é exemplo de quem acrescenta o orçamento doméstico com a venda de vasilhas plásticas para utensílhos domésticos há dois anos. Com uma venda mensal em torno de R$600 a R$700 e o lucro de 60% ela consegue melhorar o padrão de vida de sua família.

“Meu emprego favorece a venda já que trabalho com mulheres e elas gostam de comprar coisas bonitas e práticas para casa. Comecei vendendo para outra pessoa e depois percebi que era um bom negócio”, conta.

Cristina acrescenta que este tipo de produto também propicia reuniões nas casas de algumas clientes, premiando-as com algumas peças. “A qualidade do produto é diferenciada, resistente e bonita. E existem plásticos para todas as necessidades”, diz ela. 

Dificuldades

O presidente da ABEVD, Rodolfo Gutilla, analisa com positividade o desempenho do setor em 2008, que cresceu 11,77% em 2007. “O bom momento do mercado interno tende a favorecer o ano de 2008. Essa sustentabilidade é fruto da relação de confiança que este canal conquistou com seus clientes, diferente de outros segmentos comerciais que tendem a ser mais impessoal”, declarou.

Cristina Rocha: criatividade para se destacar
Mas para a revendedora Cristina Rocha o excesso no número de pessoas no ramo interfere no rendimento individual. “Hoje em dia pelo desemprego, muita gente recorre a essa alternativa, muitas vezes você oferece o produto a alguma amiga e ela já está com três, quatro catálogos de outras pessoas”, lamentou.

Segundo Cristina, a criatividade conta muito para destacar-se no disputado mercado de vendas diretas. “No Dia das Mães, por exemplo, eu fiz um bazar, coloquei os produtos em cestas decoradas e deu muito certo. Mas é preciso coragem para investir, já que você faz um estoque”, disse a revendedora de uma marca de cosméticos.

Por Glauco Vinícius e Raquel Almeida

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