Vigilantes de empresas privadas podem deflagrar greve

Reginaldo Gonçalves: salários defasados (Foto: Arquivo Portal Infonet)

Os vigilantes das empresas privadas em Sergipe iniciaram a campanha salarial e reivindicam reajuste salarial de 12% para cobrir a defasagem acumulada nos últimos anos, conforme explicações do presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado de Sergipe (Sindvigilante), Reginaldo Gonçalves Silva. Mas, a categoria ainda não conseguiu fechar acordo porque a classe empresarial limita o reajuste em 10,8%, de acordo com as informações do sindicalista.

O presidente do Sindvigilante revela que o maior temor é que o piso salarial dos vigilantes em Sergipe fique em patamar equivalente ao salário mínimo. “Temos uma grande defasagem e o salário do vigilante pode até ficar abaixo do mínimo porque o governo já autorizou reajuste de 11,6%”, considera Reginaldo Gonçalves.

O sindicalista informa que já solicitou interferência do Ministério Público do Trabalho para intermediar entendimentos entre a classe patronal e o sindicato dos trabalhadores. E adverte que, se não ocorrer um acordo, a categoria poderá avançar para uma greve geral, que poderá paralisar as atividades no setor público e também no setor privado. “E se a gente parar, todo o Estado para”, alerta. “Como uma agência bancária vai funcionar sem vigilância?”, exemplifica.

O presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de Sergipe (Sindesp/SE), Marco Aurélio Pinheiro, revelou que a crise econômica do país impede que a classe empresarial conceda reajuste maior que o índice da inflação acumulada no último ano. Segundo o empresário, houve redução de cerca de 800 postos de trabalho no Estado em 2015 e que a atividade continua ameaçada em decorrência da crise econômica. “Esse discurso sindicalista [relativo à greve geral] está ultrapassado, foi este discurso que levou o país à falência”, destacou o empresário. “Eles não ganham salário menor que o mínimo, eles têm 30% de periculosidade. Quando falam em salário, eles nunca falam nesta gratificação de periculosidade”, diz.

Marco Aurélio Pinheiro revela que a crise pela qual o poder público está passando também afeta diretamente o setor. Segundo observou, o Estado é o maior contratante neste segmento e está com todos os pagamentos dos contratos suspensos. “A hora é de manter o emprego, não é hora deste discurso ultrapassado e nós não damos reajuste mirabolante não é porque não queremos dar. Se pudesse, pagaria R$ 4 mil ao vigilante, mas não temos condições de dar nada além da inflação”, observou o presidente do sindicato patronal.

Por Cássia Santana

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