XXI Encontro de Entidades de Economistas do Nordeste

As entidades representativas dos economistas do Nordeste Brasileiro, Conselho Regionais de Economia e os Sindicatos da categoria, juntamente com Conselho Federal de Economia – Cofecon – e a Economista do Nordeste, em Aracaju, Sergipe, ao debateram o tema “Nordeste Realidade e Desafios, uma Nova Estratégia de desenvolvimento”, constatam que sob as mudanças decorrentes da globalização e da energia da tecnologia como principal suporte do desenvolvimento, o Nordeste precisa iniciar o mais rápido possível um processo de revisão de seu paradigma de desenvolvimento. O novo enfoque do planejamento regional determina uma orientação baseada na capacitação da região como território competitivo através do desenvolvimento do empreendedorismo, da competitividade, sistêmica, do protagonismo local e da inovação calada no aproveitamento da tradição e cultura das comunidades locais. Nesta condição, ganha relevância a busca de uma governança integradora intra-regional que viabilize a solidariedade entre as varias economias dos estados e sub-regiões do nordeste e que seja capaz de reivindicar um tratamento diferenciado na política econômica do Governo da União, protegendo da especulação financeira as comunidades locais priorizando associativismo e a governança do território. Dos agentes externos que interagem nos arranjos locais de desenvolvimento e das políticas publicas dos Governos Federal e estaduais que interferem na região, reivindica-se que considerem as peculiaridade de uma sociedade em processo de intensificação da pobreza mas com grandes potencialidades de desenvolvimento endógeno com base em vocações produtivas capazes de alavancarem o desenvolvimento regional. É exemplo disso a política industrial anunciada pelo governo. Mesmo que acertadamente privilegiando a empresa exportadora, tal política ignora ou esquece posições defendidas historicamente pelos economistas brasileiros, entre eles os economistas do próprio PT, de ênfase na industria voltada pr produção de bens de consumo de massa que, além de apoiar a política social do Governo, geraria parcela importante dos empregos requeridos pela sociedade brasileira. A par de servir para disseminar o desenvolvimento industrial entre as regiões, notadamente o Nordeste que tem vocação clara para a produção não só de bens de exportação como também, e fundamentalmente de matérias-primas e bens de uso final no mercado interno, uma política baseada no crescimento da renda do trabalhador e de generalização do consumo de bens industrializados teria efeito multiplicador também na região nordestina. Da mesma Forma, a política social de proteção à pobreza deve ter um corte regional, beneficiando os nordestinos. A recente tendência de considerar o turismo como única vocação do Nordeste, e a forma anti-social de permitir o turismo sexual como algo intrínseco deste setor na Região, é outra realidade que toma a economia nordestina vitima e não beneficiaria do movimento internacional deste setor. Urge considerar as potencialidades do turismo ecológico e cultural e também convidar os estados do Nordeste a se entenderem para articular regionais integrados, estabelecendo cooperação em vez de se comportarem como concorrentes do fluxo turístico nacional e internacional. O novo paradigma de desenvolvimento que propormos para o Nordeste, não deve ser dissociado da proposta de uma mudança de futuro da política macroeconômica.

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