9º ano do Codap é o terceiro melhor do país

(Foto: Arquivo Portal Infonet)

O Colégio de Aplicação da UFS (Codap) comemora mais um resultado positivo. Desta vez o destaque ficou por conta do ranking elaborado pela revista Nova Escola, da Editora Abril, que compara as notas do 9º ano do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos 17 colégios de aplicação existente no Brasil com a média dos municípios em que esses colégios estão inseridos. De acordo com o levantamento, o Codap ficou em terceiro lugar, atrás apenas do de Pernambuco (vinculado à UFPE) e do de Juiz de Fora (pertencente à UFJF).

O Ideb é calculado a cada dois anos e leva em consideração dois fatores: o desempenho apresentado pelos estudantes nas avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) e as taxas de reprovação. Na última avaliação, realizada em 2009, os alunos do 9º ano do Codap obtiveram média de 6.5, resultado bem superior ao apresentado pelo município de São Cristóvão, que alcançou uma média de 2.9. Aracaju teve média de 3.1. O Ministério da Educação (MEC) considera que média igual ou superior a 6 representa o padrão de ensino de países desenvolvidos.

De acordo com a matéria da Nova Escola, intitulada “Ilhas de excelência” (edição nº 250, março deste ano), a vinculação desses colégios às universidades garante as condições para a melhoria do processo de aprendizagem. “Salários acima da média e regime de dedicação exclusiva atraem os docentes e são outro destaque”, diz o texto.

“A dedicação exclusiva permite que o professor tenha a oportunidade de conhecer os alunos e de adequar sua metodologia da melhor maneira possível para atender as necessidades apresentadas por eles”, esclarece Adjane Tourinho, professora de Química do Codap.

Na UFS, esse modelo vem garantindo o bom desempenho também noExame Nacional do Ensino Médio (Enem). Na edição de 2011, o Codap ficou em 1° lugar entre as escolas públicas de Sergipe em 2° na lista geraldo Estado. Para o professor Nemésio Silva, diretor do Codap, o sucesso das instituições federais se deve a esse regime de exclusividade dos professores. Além disso, “a gestão de ensino contribui muito para a excelência do Colégio de Aplicação, pois desenvolvemos projetos que vão além do ensino. Os projetos pedagógicos englobam atividades de pesquisa e extensão”, diz.

Ensino, pesquisa e extensão

“Nós não fazemos somente ensino, trabalhamos com o tripé da universidade – ensino, pesquisa e extensão. Nossa meta está além da reprodução do conhecimento, queremos envolver os alunos nas diversas atividades desenvolvidas, como, por exemplo, os projetos de iniciação científica”, acrescenta Adjane.

O contato com estudantes universitários e professores mestres e doutores contribui para o estímulo à pesquisa científica. O fruto disso é que atualmente o Codap possui diversas bolsas dos programas institucionais de iniciação científica (Pibic), de iniciação científica júnior (Pibic Jr.) e de iniciação à docência (Pibid). O colégio, desta forma, desenvolve projetos como qualquer departamento. A Jornada Esportiva, Científica e Cultural do Colégio de Aplicação (JECCCA), o Projeto de Língua Portuguesa e Matemática (de acompanhamento dos novos alunos) e o projeto EJA (de Alfabetização de Jovens e Adultos) são alguns exemplos das outras atividades desenvolvidas.

“A possibilidade de desenvolver a pesquisa e a extensão, a proximidade com a universidade e a formação dos professores são os diferenciais do Colégio de Aplicação”, afirma Victor Fernando Alves Carvalho, aluno do 2° ano do ensino médio. Victor é um exemplo de como a vizinhança com o ambiente acadêmico pode despertar o interesse pela pesquisa científica. Bolsista do Pibic Jr. sob a orientação do professor Saulo Sousa, participou com um artigo científico da Semana de Filosofia da UFS.

“A preocupação do Colégio de Aplicação da UFS não está voltada para a aprovação em exames vestibulares. Nossa meta é a formação de um cidadão autônomo, crítico e livre”, conclui o diretor Nemésio.

Fonte: Ascom UFS