Alunos de escola pública temem por mudanças no ensino

Faixas lavantadas por estudantes (Fotos: Portal Infonet)

Janisson têm medo do acesso às universidades públicas ser dificultado pela MP

Corredor ocupado 

Alunos e professores de escolas públicas estaduais e municipais sergipanos se uniram nesta sexta-feira, 11, na Secretaria de Estado da Educação para se posicionarem contra a medida provisória que modifica o ensino médio no Brasil e contra a PEC 55, que congela os gastos públicos por 20 anos. Temerosos com as mudanças, os alunos exibiram faixas e promoveram um apitaço nos corredores da secretaria.

O aluno do 2º ano do ensino médio do Colégio Estadual Governador João Alves Filho, Janisson Willy, de 17 anos, estava receoso sobre a entrada de estudantes de escolas públicas nas universidades. “As matérias obrigatórias serão português e matemática. Não tem como um aluno de ensino público competir com alunos de escolas particulares que aprendem todas as matérias. Isso prejudica nosso acesso à universidade pública”, reflete.

Já a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), Cláudia Oliveira, mencionou os atrasos nos pagamentos dos discentes. “Paralisamos principalmente por causa da reforma escolar e da falta de pagamento de muitos dos trabalhadores de vários municípios", diz.

Ela também falou sobre a postura da SEED frente à reforma do ensino médio. "O secretário Jorge Carvalho já está fazendo reuniões com diretorias e de escola para implementar as mudanças sem nenhum diálogo com professores”, alega.

PEC 55

No ato, os manifestantes também estavam contra a PEC do corte de gastos. Para a professora municipal Márcia Felix, há outra maneira de ajustar as contas do país. “Nós não concordamos com a PEC que vai congelar tantos investimentos. Sabemos que tem outra forma do governo fazer isso sem massacrar a classe trabalhadora”, diz.

SEED

De acordo com a assessoria de comunicação da SEED, o secretário vem fazendo reuniões sobre a reforma prevista na Medida Provisória apenas para tentar entender e discutir as mudanças.

Reforma do Ensino Médio

Algumas das principais mudanças sugeridas pelo texto tornam facultativo o ensino de artes, educação física, sociologia e filosofia. Apenas português e matemática serão obrigatórias. Apenas português e matemática serão obrigatórias. A MP também implanta Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, elevando a carga horária mínima anual, progressivamente, das atuais 800 horas para 1.400 horas.

De acordo com a MP, cerca de 1.200 horas da carga horária total do ensino médio serão destinadas ao conteúdo obrigatório. No restante da formação, os alunos poderão escolher seguir cinco trajetórias: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e formação técnica e profissional.

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