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Alunos denunciam insegurança e falta de professores (Fotos: Portal Infonet) |
“Estou há 20 anos lecionando nesta escola e nunca presenciei uma situação como essa, onde alunos e professores vem para a rua exigir uma educação digna. Nós não aceitamos que a nossa escola esteja entregue a própria sorte”. O desabafo é da professora do Colégio Estadual Castelo Branco, Nilma Maria. Os problemas que a professora se refere são insegurança, falta de funcionários e professores, alimentação inadequada e pouco aproveitamento dos alunos diante das dificuldades enfrentadas dentro da escola. Na semana passada a polícia foi acionada para a escola após denúncia de que estudantes estavam armados dentro do estabelecimento.
O professor Raimundo Maciel lembra que o ato público não é um fato isolado, mas sim de sentimento de inconformidade dos problemas que tem se acumulado na escola. “Existe uma negligencia por parte da direção, onde presenciamos pessoas que nada tem a ver com a escola tendo a chave do colégio, alunos tendo acesso a documentos, a insegurança, a falta de funcionários. O gestor é ausente e nós, professores e alunos, não podemos deixar que essa situação se estenda”, frisa. Os professores informam que na segunda-feira, 26, irão ao Ministério Público protocolar a denúncia para que a promotoria da educação resolva as questões.
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O presidente do grêmio diz que a situação está no limite |
Alunos reclamam que a escola que passou recentemente por uma reforma tem um prédio moderno, mas não contempla a educação dos alunos do ensino fundamental e médio pela falta de gestão escolar.
“Os alunos vêm para escola com medo de serem assaltados e quando chegam são dispensados por falta de professores. A situação fica pior no turno da tarde porque não tem porteiro e qualquer um pode entrar”, afirma o presidente do grêmio estudantil, Italo Castro.
O presidente em exercício da União dos Estudantes Secundaristas do Estado de Sergipe (Uses), Jorielton Oliveira, confirma as denuncias e diz quem a entidade tenta uma audiência com o governador em exercício Jackson Barreto para expor os problemas das escolas públicas.
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Professora Nilma desabafa
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“É lamentável uma escola com um prédio todo reformado que não trata do principal para os alunos, que é a educação. O aluno não pode vim para a escola e não ter professores. A merenda que é servida não apresenta um cardápio de acordo com o Conselho Alimentar e não têm funcionários na administração. Falta merendeira, porteiro, serviços gerais e por conta disso os banheiros e a escola está suja”, expõem.
Seed
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) esclarece que até o dia quatro de setembro o quadro de professores do Colégio Estadual Castelo Branco estará totalmente completo. “Os professores aprovados no último concurso do magistério já começaram a ser lotados na escola. Com relação à falta dos demais servidores, a educação reconhece que existe uma demanda desses profissionais no quadro de funcionários da rede estadual e informa que o governo já está analisando a possibilidade de efetuar um processo seletivo simplificado para contratação de vigilantes, merendeiras e executores de serviços básicos. Preocupado com a segurança no entorno das escolas da rede estadual, o secretário Belivaldo Chagas, em abril passado, se reuniu com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública para solicitar reforço da ronda policial nas imediações das unidades de ensino que estão em localidades vulneráveis”, esclarece a nota encaminhada ao Portal Infonet.
Por Kátia Susanna