Estudantes do Colégio Estadual Ivo do Prado iniciaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira, 27, e bloquearam o trânsito da avenida Visconde de Maracaju se utilizando de uma barricada de pneus. A manifestação tem por intuito chamar a atenção da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc) às problemáticas de infraestrutura e de carências no corpo docente da instituição de ensino.
Uma das líderes do manifesto, a presidente do Grêmio Estudantil Sofia Gabrielle destaca que uma comissão de estudantes tentou dialogar com a Diretoria de Educação de Aracaju (DEA), órgão ligado à Seduc. “Estamos reivindicando contra falta de professores. Nós fomos chamados pela DEA, eles pediram que tentássemos resolver, inicialmente, de forma interna, e se não conseguíssemos, fizéssemos o ato”, explica Sofia.
De acordo com ela, alunos do 6º e do 8º ano estão sendo prejudicados diariamente com a falta de professores. “Vamos fechar a avenida porque já tentamos resolver internamente, mandamos ofício, a diretora da DEA disse que ia mandar professores, mas entendemos que será uma convocação tardia.”, conclui.
O protesto conta com a participação de pais de alunos, representado no ato pela mãe e membro do Conselho de Pais de Estudantes, Juciara dos Santos. Ela conta que seu filho está retornando para a sua residência todos os dias mais cedo por conta da ausência de professores. “A partir das 10h os alunos saem do colégio. Estou aqui todos os dias e tenho visto, rotineiramente, que os alunos estão vindo para cá e não têm professores.”, protesta a mãe.
A estudante Mel Grazielly reclamou das promessas que são feitas de reforma da infraestrutura da unidade de ensino. “É um absurdo. Dizem que até 2020 haverá reforma, mas sabemos de colégios que estão há anos na lista e nada de reformar. Temos que ficar esperando, esperando e sabemos que nada vai acontecer”, diz.
Agentes da Superintendência Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) estão na esquina da avenida Maracaju sentido Centro de Aracaju orientando os condutores a adequarem os seus trajetos de forma que não haja engarrafamento no entorno da escola.
Em nota, a DEA informou que tem dialogado com os estudantes e que já houve uma agenda de reuniões com a comunidade escolar. “É legítima a mobilização do grêmio, porém não houve notificação de falta de material didático, mesmo assim a gestão informa que estão sendo distribuídos mais de 2 mil livros, há um Processo Seletivo aberto para suprimir a necessidade de professor e a escola será uma das beneficiadas com a emenda impositiva de R$ 69 milhões que será destinada para infraestrutura das unidades escolares.”, complementou o órgão.
por Daniel Rezende
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