Alunos se reúnem para protestar contra insegurança

Alunos se reuniram em pátio, mas discussão tumultou local (Fotos: Portal Infonet)

Uma parte dos alunos do Colégio Estadual Dr. Carlos Firpo, no município da Barra dos Coqueiros, estava pronta para realizar uma manifestação em frente à escola nesta sexta-feira, 21, em repúdio ao arrastão ocorrido dentro da sala de aula na última quarta-feira, 19. No entanto, segundo a organizadora do manifesto e outros alunos, a direção da escola fechou os portões e impediu a saída dos estudantes para a parte externa. Ainda assim, os alunos se reuniram na parte interna para discutir a segurança, mas uma discussão entre alunos e movimento estudantil teria tumultuado o pátio da escola.

“A intenção era sair na rua, fazer a manifestação lá fora, chamar a reportagem e a polícia para fazer a segurança do ato. Mas a coordenação não deixou que os alunos saíssem. O problema é que nós estamos cada vez mais a mercê dos bandidos. Eles pularam o muro com facilidade. Eu vim hoje sem querer, porque estou no terceiro ano e preciso encerrar o ensino médio”, desabafou a organizadora do protesto, que preferiu ter a identidade reservada.

Outras duas alunas, que também foram vítimas no arrastão da última quarta-feira, contaram as cenas de horror que passaram. “Os três [assaltantes] entraram na sala ameaçando e pedindo os celulares. Pediu para todos se deitarem. O professor ficou sem reação e eles agrediram. Lembrar de tudo isso ainda é muito difícil. A qualquer hora pode se repetir”, afirmou uma das alunas. “Nós só não saímos porque a direção não deixou. Foi totalmente contra nossa liberdade de se manifestar”, completou a outra.

Estudante falou sobre assalto na última quarta-feira 

Com a chegada de representantes da União dos Estudantes Secundarista de Sergipe (USES), outra discussão tomou conta do local: sobre o início de uma ocupação na escola contra a PEC 241 a partir da próxima segunda-feira. Foi então quando uma grande discussão tomou conta do lugar. Parte dos estudantes aprovaram a ideia da ocupação, enquanto outros não concordavam. “Nós fizemos plenárias na última quarta, outra hoje, e a noite faremos outra. A maioria tem se posicionado a favor. Mas é bom lembrar que mesmo que haja ocupação, as aulas continuarão. Será um ambiente de discussão no pátio da conjuntura política qual estamos vivendo”, explicou Carlos Iedo, da direção do USES.

No local, nossa equipe de reportagem tentou ouvir a diretora da escola, mas a mesma informou que não tinha autorização para falar com a imprensa. A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou não ter conhecimento da informação de que a diretora teria impedido os alunos de se manifestarem em frente à escola. Quanto à segurança, o setor entende que esse é um problema qual a sociedade vem sofrendo em geral. A Seed informou que tem feito acompanhamento psicológico na escola, vai solicitar providência à Polícia, e acrescentou que a unidade está inserida no projeto que a Secretaria tem para serviços de pequenas montas, que em breve, receberão algumas ações providenciais.

Representantes da USES disseram que estão realizando plenárias sobre ocupação

Organizadora do protesto diz que direção barrou saída dos alunos

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